Uma das grandes esperanças de medalha para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Henrique Avancini apostou em uma preparação especial na busca pelo inédito ouro no mountain bike: ele ficou isolado por 18 dias fazendo um treinamento específico.
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O brasileiro optou por esta preparação mais intensa depois competir em duas etapas da Copa do Mundo e não obter resultados expressivos. Para isso, ele precisou abrir mão dos eventos em Leogang, Áustria, e em Les Gets, na França.
“Trabalhei duro, mas algumas coisas estavam fora dos trilhos. Antes de mais nada tomei essa decisão para encontrar meu equilíbrio. Como estamos próximos dos Jogos Olímpicos, achei que era melhor fazer do jeito que precisa ser feito. Eu sei que, se eu me colocar no lugar certo, vou desempenhar o suficiente para disputar a vitória”, conta o atleta em depoimento ao jornal O Estado de S.Paulo.
Além de treinar a parte física, Avancini aproveitou também para aprimorar o aspecto emocional, algo que em sua opinião será bem importante em Tóquio.
“Eu tenho as ferramentas que preciso para reverter qualquer situação. Tenho trabalhado bastante, passei três dias com minha psicóloga e a minha irmã será minha fisioterapeuta lá no Japão. Tenho essa confiança mútua da equipe e isso me deixa bem tranquilo”, diz.
Avancini, que chegou a liderar o ranking mundial de mountain bike, hoje ocupa a sétima posição, mas mesmo assim é um dos atletas mais bem cotados a beliscar uma medalha em Tóquio na categoria.
Alheio a esse debate, o atleta tenta se concentrar apenas em seu desempenho. “Existe expectativa externa, mas para o atleta é mais produtivo que a expectativa seja congruente com sua realidade”, afirma.
“Estou vivendo um momento bom da preparação. Sei disso porque não estou pensando em expectativa, estou vivendo a realidade dos meus treinos. Quanto mais me aproximo dos Jogos, menos ansioso fico, e isso é um sinal muito bom, pois gera confiança”, diz.
Na reta final de preparação, Avancini lembra que a logística para os Jogos de Tóquio é muito apertada. Ele viaja para o Japão no dia 18 de julho e sua prova será no dia 26, em Izu.
“Eu já tinha todo planejamento feito em 2019, mas aí veio a pandemia e com ela vieram restrições locais. Aí ficou inviável treinar no Japão. Meu plano B era fazer preparação na Itália, mas aí mudei tudo. Vou direto para o Japão, chego seis dias antes da prova apenas, é longe, tem fuso horário, mas não é algo que me preocupa. É possível ter boa performance”, finaliza.
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