Em luta intensa contra o jordaniano Hussein Iashaish, Abner Texeira conseguiu se classificar para a semifinal do peso pesado do boxe masculino. Isso garante pelo menos mais uma medalha de bronze para o Brasil, já que não há disputa pelo terceiro lugar na modalidade.
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Depois da vitória ter sido anunciada por decisão dos árbitros, Abner contou que a sensação de estar entre os quatro melhores após a disputa super intensa: ”a medalha não vai fazer milagre, mas tenho de ir lá como sempre foi e trabalhar. Vai fazer diferença, claro. Oportunidades e portas vão abrir, mas nada vai mudar. Eu vou sair daqui, voltar, ainda tenho mais dois Mundiais para lutar. Vai mudar, mas não estou pensando nisso, não”.
Hussein iniciou o combate partindo para cima de Abner. O brasileiro deu alguns golpes na reta final do round, o que pode ter feito os juízes se dividirem. A intensidade comandou o segundo round, mas o jordaniano não aguentou e acabou diminuindo a velocidade. Isso foi suficiente para que o brasileiro acertasse mais golpes e virasse a cabeça dos ábitros, que deram 4 a 1 a favor de Abner.
O terceiro round foi ainda mais intenso, com o jordaniano sendo obrigado a se defender dos golpes do brasileiro, que estava ainda mais motivado.
“Ele veio no primeiro round muito mais intenso do que achei que fosse vir. Achei que ele ia começar morno e crescer no segundo e terceiro, mas ele começou no primeiro já a mil por hora. Perdi o primeiro round. No segundo, consegui equilibrar. No terceiro, estava 1 a 1 e falei: “é a hora”. É a hora que todo boxeador tem de passar um dia, que é estar em um situação adversa e virar o jogo. E foi o que fiz”, contou Abner.
“Foi um alívio, eu falei que ganhei, mas a luta não foi manteiga, né? Foi uma luta muito dura, foi pau a pau, estilo Rocky Balboa, naquele vai e vem. Quando ganhei eu falei ‘putz, que teste'”, concluiu.