Programadas durante o período de 23 de julho e 08 de agosto, as Olimpíadas de Tóquio enfrentam muitos desafios: os números de Covid-19 no Japão, taxas ainda baixas de vacinação e, agora, o calor excessivo, que pode trazer riscos ao atletas durante as competições.
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De acordo com meteorologistas e pesquisadores do clima, a temperatura média anual em Tóquio aumentou 2,86 °C desde 1900, mais de três vezes mais rápido do que a média mundial. Considerando que os Jogos são realizados durante o verão japonês, período historicamente mais quente, os riscos são ainda maiores.
Entre esses riscos aos atletas estão desde queimaduras solares a exaustão pelo calor ou colapso por insolação, além até mesmo de comprometimento cognitivo por conta da junção de calor e humidade. Em um contexto esportivo, todos esses fatores serão especialmente preocupantes em Tóquio.
Para minimizar essa possibilidade, medidas como a alteração de horários de competição e até mesmo de locais de realização de provas estão sendo recomendados por profissionais da saúde. A maratona, por exemplo, foi transferida para Sapporo, a 805 km ao norte da capital do Japão, onde as temperaturas devem ser mais baixas.
Outras modalidades de alta performance como vôlei de praia, rúgbi, triatlo e ciclismo podem ter locais e horários alterados, além de estrutura que ofereça sombra e acesso a jatos e fontes de água fresca.
Embora a temperatura máxima média em Tóquio durante as Olimpíadas (final de julho a início de agosto) seja de 30°C a 31°C, a capital japonesa experimentou índices de calor que se aproximaram de 40°C, colocando ainda mais pressão e trazendo riscos aos atletas que competem em locais ao ar livre durante os Jogos de Tóquio.
As recentes ondas de calor que vêm afetando o planeta, com recordes no próprio Japão, além de Canadá, Estados Unidos e até mesmo os países nórdicos podem ser atribuídas, segundo cientistas, à mudança climática e ao aquecimento global.