Olimpíadas: Cheerleading e kickboxing podem participar da disputa

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Cheerleading – que aqui no Brasil é conhecido como “animação de torcida” – e kickboxing estão entre as modalidades a um passo de fazerem parte das Olimpíadas. Na semana passada, o Conselho Executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) enviou à assembleia geral uma solicitação para que seis federações internacionais sejam reconhecidas pela entidade, incluindo as duas modalidades.

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Isso não significa que, no futuro, esses seis esportes venham um dia a fazer parte do programa dos Jogos Olímpicos.

Mas o reconhecimento é uma fase obrigatória para que esses esportes passem a ter diálogo com o COI e com toda a hierarquia do movimento olímpico, o que incluiu os comitês olímpicos nacionais e os órgãos continentais que realizam eventos como os Jogos Pan-Americanos.

Devem entrar para o mundo olímpico a ICU, de cheerleading, a IFMA, de muay thai, a FIAS, de sambo (uma modalidade de luta nascida na União Soviética, parecida com o wrestling), a IFI, de icestocksport (uma variação do curling nascida na Alemanha), a WAKO, de kickboxing, e a WL, de lacrosse (um futebol jogado com bastões que parecem aqueles de caçar borboletas). Todos esses esportes já estavam reconhecidas provisoriamente.

Quando autorizadas pela assembleia geral, que costuma apenas referendar a decisão do conselho executivo em casos assim, essas modalidades se juntam a outros 33 esportes que são reconhecidos pelo COI, mas não estão no programa olímpico de forma fixa.

Nessa lista entram, por exemplo, boliche, squash e esqui aquático, disputados nos Jogos Pan-Americanos, além de cabo de guerra, que já foi olímpico, automobilismo e motociclismo.

É desse modo que saem as modalidades que são testados nos Jogos Olímpicos. É o caso de caratê, beisebol/softbol, skate, escalada velocidade e surfe, que estão provisoriamente no programa olímpico e serão disputados em Tóquio.

Os três últimos esportes seguem no programa dos jogos de Paris-2024, que também terá breakdance, modalidade organizada pela federação de dança, que é reconhecida há 24 anos pelo COI e só agora terá uma competição olímpica. Beisebol e caratê voltam para a lista de pretendentes.

Todo esse processo de autorização costuma ser moroso e burocrático. Por anos, e, às vezes, décadas, o COI estuda se os estatutos, práticas e atividades das federações estão em conformidade com a Carta Olímpica e se eles adotados e aplicados no Código Mundial Antidopagem e o Código do Movimento Olímpico para a Prevenção da Manipulação de Competições.

As federações necessitam mostrar certa independência e autonomia na gestão do seu esporte e cumprir os critérios definidos no procedimento de reconhecimento dos esportes de verão e inverno.

O kickboxing, por exemplo, levou 25 anos para ser aceito pelo COI, como relembra Paulo Zorello, presidente da Confederação Brasileira de Kickboxing “Cumprimos todos os protocolos com mais de 25 anos de trabalho e dedicação de uma geração inteira. E agora chegamos.”

A modalidade almeja que, depois do reconhecimento e autorização do COI, consiga se tornar olímpica daqui a dois ou três ciclos olímpicos. Nesse sentido, não será o feito antes de 2032.







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