O primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, anunciou a suspensão do estado de emergência que vigorava no país desde o fim de abril e que, a partir do próximo domingo, 20 de junho, a medida passa a vigorar – cerca de um mês antes do início oficial das Olimpíadas.
Haverá, entretanto, restrições importantes em todos os territórios japoneses, mas principalmente na capital, Tóquio, que devem limitar consideravelmente a presença de público circulando pela cidade e também nas localidades do evento olímpico, que acontece entre 23 de julho e 8 de agosto.
Entre essas medidas restritivas estão o funcionamento de bares e restaurantes, que deverão fechar as portas às 20h, mas poderão servir bebida alcoólica até 19h. Esses estabelecimentos não estava, abertos durante o estado de emergência.
Outra decisão prevê seguir limitando o número de espectadores em competições esportivas e shows, com um limite de capacidade de 50% e público máximo de 5 mil pessoas. Nos territórios fora do estado de emergência, no entanto, o limite passa a ser de 10 mil espectadores – que ainda não se aplica para Tóquio.
“O número de infecções a nível nacional está em queda desde meados de maio e a disponibilidade de leitos de hospital melhora, mas em alguns departamentos esta curva descendente se achata”, afirmou o primeiro-ministro Yoshihide Suga, justificando a decisão, em entrevista coletiva.
Ainda existe expectativa sobre a liberação de público nas localidades onde os Jogos serão realizados e a medida tomada pelo Japão, de suspensão do estado de emergência nas Olimpíadas, deve influenciar diretamente nesse cenário.
Os organizadores dos Jogos Olímpicos seguem aguardando diretrizes e, até o início da próxima semana, devem decidir sobre a presença ou não de espectadores locais no evento esportivo de julho e agosto. Torcedores de fora do Japão seguem proibidos de assistir ao evento, algo inédito na história dos Jogos Olímpicos, e não há expetativa sobre mudança nesse quadro.