Olimpíadas pode ter sua primeira atleta trans, mas nem todos curtiram a notícia

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As vésperas do mês do Orgulho LGBTQ+ e em contagem regressiva para as Olimpíadas de Tóquio, tem atleta achando a presença da Halterofilista, Laurel Hubbard, é uma “piada de mau gosto”. E isso mostra que, apesar das mudanças do COI nos Jogos Olímpicos desde 2015, isso não isentará que a LGBTQfobía se mostre presente na competição.

A atleta Laurel Hubbard está muito perto de se tornar a primeira competidora transgênero das Olimpíadas. De acordo com o jornal “The Guardian”, a halterofilista pode se classificar para uma vaga nos jogos, após mudança nas regras da competição.

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Hubbard anteriormente já havia participado de algumas competições masculinas em 2013, antes da sua transição.

Mas apesar desse grande passo que a atleta pode dar, mudando também os caminhos de uma das competições esportivas mais importantes do mundo, Laurel ainda precisa convencer o Comitê Olímpico da Nova Zelândia sobre seu condicionamento e desempenho físico, antes que eles comessem a seleção.

Mas a especulação de participação da atleta nos jogos já começou a gerar opiniões adversas no mundo esportivo.

A atleta Anna Vanbellinghen, que compete na mesma categoria que Laurel, informou que apoia totalmente a comunidade transgênero, mas que o princípio da inclusão não deve ser “às custas dos outros”.

“Qualquer pessoa que tenha treinado levantamento de peso em alto nível sabe que isso é verdade em seus ossos: esta situação em particular é injusta para o esporte e para os atletas”, comentou ela ao site de notícias das Olimpíadas durante os jogos.

Diversos cientistas criticam essa regra, dizendo que elas fazem pouco para atenuar as vantagens biológicas daqueles que passam pela puberdade como homens, incluindo a densidade óssea e muscular.

A atleta Laurel Hubbard é adequada para competir nas Olimpíadas desde 2015, quando o Comitê criou diretrizes que habilitam a qualquer atleta transgênero disputar como mulher, desde que seus níveis de testosterona estejam abaixo de 10 nanomoles por litro por pelo menos 12 meses antes de sua primeira disputa nos jogos.

“Eu entendo que para as autoridades esportivas nada é tão simples quanto seguir o bom senso e que há muitas impraticáveis ao estudar um fenômeno tão raro, mas para os atletas, tudo parece uma piada de mau gosto. Oportunidades de mudança de vida são perdidas para alguns atletas – medalhas e qualificação olímpica – e nós estamos impotentes”, concluiu Vanbellinghen.







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