Novembro Azul: câncer de próstata e a saúde do homem

Por Bianca Vilela

novembro azul
Foto: Shutterstock.

Criado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), o Novembro Azul é o maior movimento em prol da saúde do homem brasileiro.

Além de destacar a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, seu objetivo hoje é alertar para a relevância do cuidado integral e da necessidade de incorporar hábitos saudáveis, proteger o coração, atentar para os demais tipos de câncer e não deixar de fora o bem-estar mental.

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O câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens, é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Dados do Instituto Vencer o Câncer (IVOC), com apoio da Bayer, apontam um aumento do número de mortes e internações ocasionadas pela doença. No período de 2009 a 2018, foi registrado um crescimento de 44,4% nas hospitalizações por câncer de próstata no SUS, com uma média de mais de 7 mil internações por ano. Há sinais de que isso seja resultado de um diagnóstico tardio.

A única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico). Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal.

Outros exames poderão ser solicitados se houver suspeita de câncer de próstata, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal.

Câncer de próstata: tratamento

Para doença localizada (que só atingiu a próstata e não se espalhou para outros órgãos), cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em algumas situações especiais) podem ser oferecidos.

Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. Para doença metastática (quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento mais indicado é a terapia hormonal.

A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um.

BIANCA VILELA é autora do livro Respire, mestre em fisiologia do exercício pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), palestrante e produtora de conteúdo. Desenvolve programas de saúde in company em grandes empresas por todo o país há mais de 15 anos. Na Go Outside fala sobre saúde no trabalho, produtividade e mudança de hábitos. Instagram: @biancavilelaoficial







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