Os Estados Unidos aprovaram a primeira camisinha para o sexo anal. Com o intuito de motivar o uso desta proteção contra doenças sexualmente transmissíveis, a vigilância sanitária autorizou o novo preservativo na última quarta-feira (23).
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O sexo anal, de fato, tem um maior risco de transmissão de infecções, como herpes, sífilis e a própria aids. Por isso, os preservativos normais também eram amplamente recomendados para esse tipo de relação.
Mas a agência de medicamentos dos Estados Unidos (FDA) ainda não havia autorizado oficialmente nenhuma marca a produzir a camisinha exclusiva de sexo anal devido à falta de dados. Somente o preservativo para relação vaginal tinha autorização de produção.
“A autorização da FDA de um preservativo especificamente indicado, testado e rotulado para sexo anal pode aumentar a probabilidade de que um preservativo seja usado durante a relação anal”, comemorou Courtney Lias, agente da FDA, em um comunicado.
Até agora, os estudos sobre o uso do preservativo anal mostravam uma “taxa de falha” superior aos 5% exigidos, ou seja, muitos preservativos saíam do lugar ou se rompiam.
Mas um novo estudo realizado por pesquisadores independentes e financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), mostrou uma taxa de falha de menos de 1%.
O preservativo, produzido pela empresa Global Protection Corp, e que será comercializado sob o nome One Male Condom, não é diferente dos outros. O melhor resultado se deve principalmente ao uso de um lubrificante adaptado, que reduz o atrito. O uso de um lubrificante foi, portanto, incluído pelo FDA em sua decisão nesta quarta-feira.
Cerca de 250 homens que se relacionam com homens e 250 que se relacionam com mulheres participaram do estudo.
“Acho que a maioria das pessoas ficaria surpresa ao saber que os preservativos não são aprovados para sexo anal”, disse Davin Wedel, presidente e fundador da Global Protection Corp., em comunicado. “Com esta nova classificação da FDA, haverá uma maior confiança no uso de preservativos para sexo anal”, acrescentou.
De acordo com outro estudo realizado pela Universidade Emory, 69% dos homens que têm relacionamentos recorrentes com outros homens seriam mais propensos a usar preservativos com frequência se estes tiveram o selo da FDA para tal uso.
Esta nova autorização permitirá que outros fabricantes apresentem um pedido semelhante, enfatizou a FDA.
O preservativo One Male Condom, idêntico aos preservativos “One” já comercializados pela empresa, estará disponível em três versões: padrão, fino ou justo, com 54 tamanhos disponíveis.