A alimentação ideal para cada fase da vida da mulher

Por Redação

Mulher e alimentação
Foto: Shutterstock

A alimentação e o estilo de vida de cada fase da vida da mulher contribuem significativamente para o aparecimento de doenças, infertilidade e intercorrências – muito mais do que nos homens.

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Segundo a nutricionista Fernanda Larralde, há muitas peculiaridades relevantes nas mulheres. “Elas possuem o coração menor, veias e artérias com calibres menores, maior percentual de gordura, que se explica pela necessidade da produção de hormônios sexuais para que a mulher consiga gestar um bebê”, diz a especializada em Nutrição Esportiva, Saúde da Mulher e Fitoterapia e parceira da Bio Mundo.

A alimentação ideal para cada fase da vida da mulher

Adolescência

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a adolescência, uma das fases mais importantes na vida da mulher, é o período que vai dos 10 aos 19 anos. Nessa fase, com a puberdade, o crescimento e a maturação óssea e sexual tornam-se acelerados, junto à chegada da menarca (primeira menstruação). Com a influência da alimentação e o estilo de vida, essa fase pode ser antecipada em até 3 a 4 anos.

Manter uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios físicos regulares desde jovem, aliada ao sono adequado, traz benefícios à saúde a longo prazo da mulher. “Todos os grupos alimentares devem ser contemplados no cardápio, ou seja, o consumo de legumes, verduras, frutas, leguminosas, cereais, carnes, ovos, leite e derivados, além da adequada ingestão de água diária devem ser incentivados”, afirma Fernanda.

De acordo com a especialista, também é indicado o consumo moderado dos alimentos processados e evitar o consumo de alimentos ultraprocessados nessa fase. “Em contrapartida, é necessário atentar-se para o aumento da necessidade energética do cardápio, ao aporte adequado de macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras, com maior destaque para as insaturadas) e dos seguintes micronutrientes: cálcio, vitamina D, ferro, zinco, vitamina C, vitamina A e vitaminas do complexo B para um bom funcionamento do organismo e desenvolvimento”, completa.

Fase adulta

Na fase adulta, dos 20 aos 59 anos, cuidados com a alimentação saudável e outros hábitos adequados de vida devem ser mantidos e aperfeiçoados de acordo com o acompanhamento médico e nutricional da mulher, a fim de garantir a manutenção da saúde tanto nesta quanto para a próxima fase da vida, além de colaborar e facilitar o processo se o desejo for engravidar.

“Vemos o quanto os hábitos podem ser ainda mais delicados nesse momento da vida. Em uma gravidez, a rotina irá definir se será uma gestação mais ou menos segura. Quanto ao bebê, esses mesmos hábitos irão influenciar se ele terá ou não predisposição para desenvolver alguma doença associada à alimentação e ao estilo de vida da mãe”, informa a nutricionista.

Alguns nutrientes são fundamentais em todas as etapas da vida, entre eles: metilfolato, coenzima Q10, vitamina D, vitaminas do complexo B, ferro, magnésio, ômega-3, vitamina E, zinco e selênio. Além disso, atentar-se para a saúde intestinal, que é de suma importância para a absorção de todos esses nutrientes descritos e consumidos no dia a dia.

Fase do climatério

Quando a mulher entra na fase do climatério — fase de transição do período reprodutivo para o não reprodutivo, um estudo da Universidade de Leeds, publicado em maio de 2018 no Journal of Epidemiology and Community Health, relaciona o consumo de certos alimentos a um atraso no início da menopausa. Os pesquisadores observaram que as mulheres que comiam mais peixes gordurosos, como salmão, sardinha e atum, apresentavam um atraso de 3,3 anos na cessação definitiva da menstruação. As que comiam mais fontes de vitamina B6 (batata, feijão, milho) e zinco (peixe, camarão, carne, leguminosas e oleaginosas) também demoraram um pouco mais para chegar à menopausa.

No mesmo estudo da Universidade de Leeds, as mulheres que consumiam quantidades acima da média de massas e grãos refinados tendiam a chegar a esse estágio um ano e meio antes das demais participantes.

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Fernanda afirma que uma dieta balanceada anti-inflamatória, antioxidante e rica em gorduras boas (mono e poli-insaturadas) ajuda as mulheres a passarem melhor a fase da menopausa. “A taxa de perda óssea nesse momento é relativamente rápida, o que se deve à diminuição do estrogênio e ao aumento da idade, por isso a atenção especial deve ser dada à ingestão de cálcio, fósforo e vitamina D, nutrientes relacionados à prevenção da osteoporose”, diz.







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