O convidado do Bola da Vez inédito desta semana é Henrique Avancini. Maior nome da história do ciclismo brasileiro, o mountain biker falou no programa sobre diversos momentos da sua carreira, como suas expectativas para a temporada 2023 e a lenda do MTB, o suíço Nino Schurter. O programa apresentado por André Plihal, com participações do jornalista Bruno Vicari e do especialista no mundo da bike, Luciano KDra Lancellotti, será destaque exclusivo do canal ESPN e da plataforma Star+ no sábado (18/02), às 22h.
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Avancini, que agora faz parte da equipe Caloi / Henrique Avancini Racing, tem mais de 20 títulos de campeão brasileiro. O atleta, de 33 anos, conquistou em 2018 o mundial de mountain bike na categoria maratona, na Itália, participou das últimas duas Olimpíadas, já ganhou diversas provas da Copa do Mundo e é atualmente Top 10 do ranking mundial da UCI (União Ciclística Internacional).
No Bola da Vez, Avancini comentou sobre sua relação com o atleta Nino Schurter. O suíço tem 10 títulos mundiais e três medalhas olímpicas – bronze em Pequim 2008, prata em Londres 2012 e ouro no Rio 2016. Avancini e Schurter rivalizaram dentro e fora das pistas nos últimos anos, sendo uma grande atração do mundo do mountain bike. No programa, o atleta brasileiro relatou uma de suas estratégias para ganhar mais respeito e incomodar os atletas europeus dentro do circuito de MTB.
“Eu comecei a estudar e entender a cultura do europeu, principalmente do suíço, o que eles permitem e não permitem. Então se eu queria causar o mesmo efeito que ele conseguia causar nos outros, eu tive que começar a fazer o que eles não permitiam, o que não é normal para eles. O atleta europeu se baseia muito em honra, não em justiça. O atleta europeu pode se gladiar na corrida, odiar o atleta na corrida, mas no dia seguinte tomam um café juntos. Em contrapartida, nossa cultura é diferente. Então qualquer treta ou barreira que você colocar em mim em algum momento, você vai ter que sustentar isso. Se você sentar numa mesa de entrevista como essa, se estiver do meu lado, você vai ter que me confrontar como me confrontou na pista, vai ter que falar no meu ouvido o que me disse na penúltima volta. Eu precisava ser assim como um atleta de alto nível para gerar incômodo nesses caras. Hoje a minha relação com Nino possui diferentes perspectivas. Observando o lado de quem ama o esporte, o meu respeito pelo cara é absurdo. Ele é uma lenda em atividade na nossa modalidade, por isso o respeito por ele é absurdo. Agora quando alcanço o nível de concorrente dele, e chegar nesse nível não é fácil, né? Mas quando eu me sinto nesse patamar, aí é um cara que eu realmente não faço questão de ter relacionamento. Eu preciso disso. E isso incomoda, né? É aquela famosa história, está tudo bem só com a disputa e tudo mais? Está tudo bem o cacete, comigo não! (Risos)”, comentou Avancini.