Não sabe o que fazer para celebrar o Dia dos Namorados? Este ano, a data cai no domingo e pode ser uma ótima oportunidade para você surpreender sua(seu) companheira(o) com uma viagem recheada de atividades ao ar livre.
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Até porque com a pandemia, passamos a valorizar ainda mais o contato com a natureza e também os momentos de qualidade com pessoas que amamos.
Para ajudar você nessa missão, separamos 3 atividades outdoor que são pura diversão para o final de semana do dia dos namorados.
O que fazer no fim de semana do Dia dos Namorados?
Trekking Alsene-Maromba (RJ e MG)
Tida como um dos melhores locais para trekking no Brasil, a Serra da Mantiqueira é formada por várias cadeias de montanhas. Uma delas é a Serra Negra, que interliga o Planalto das Agulhas Negras, no Rio de Janeiro, à cidade de Maromba, em Minas Gerais.
Essa travessia é conhecida como Alsene–Maromba e oferece todos os atrativos de um bom trekking: visuais que recompensam a “suadeira”, uma boa dose de endorfina – resultado de boas subidas – e aquele gostinho tão especial de dormir nas alturas. A grande diferença em relação às outras cadeias de montanhas vizinhas é que a Serra Negra abastece o trekkeiro com muita água pelo caminho.
Outra coisa bacana é que a travessia é pouco usada por turistas, o que torna a aventura ainda mais romântica. Pelo caminho você tem chance de encontrar os nativos da região carregando sua produção local de mel e queijo para vender nas cidades, mas raramente um grupo grande.
1º dia: Saindo do Alsene (parte alta do Parque do Itatiaia), retorne aproximadamente 350 metros na estrada e entre numa trilha à direita que desce no sentido norte. Siga sempre pela trilha principal, bem marcada e cheia de erosões. Aproveite a montanha, já que as chances de se perder são bem pequenas. Ao final da trilha, há uma ponte caída. Cruze o rio e continue. Até aqui, você deve ter gasto por volta de três horas e meia de caminhada no passo de “cruzeiro” (sem forçar muito). O rio convida para um lanche e um ótimo banho. Continue na trilha principal que o levou ao rio, até passar por uma pequena fazenda. A partir desse ponto, comece a prestar atenção ao local de início da subida. A referência é uma porteira de arame que fica logo após o cruzamento de um córrego – você irá passar por algumas porteiras desse tipo ao longo da trilha, lembre-se sempre de fechá-las. Aproximadamente cinco metros depois da primeira porteira está o início da trilha. Abasteça-se no córrego que acabou de cruzar, já que a subida é dura e não há água. Ao final da subida, existe uma clareira para montar acampamento. Do Alsene até ali, são sete horas de caminhada, em média. Para encontrar água, siga a trilha que te levará para a esquerda em uma pequena descida e logo verá o córrego. Para chegar até aqui no primeiro dia, é importante começar a travessia bem cedo, podendo assim montar seu acampamento e encontrar água ainda à luz do dia.
2º dia: Saindo do acampamento, continue na trilha que o levou até o córrego (à esquerda). Siga por ela e haverá uma bifurcação. As duas trilhas te levam à parte de cima da serra, seu objetivo do dia. Porém, é recomendável que se use a da esquerda. Preste atenção ao cruzar um córrego, pois depois a trilha segue por uma crista bem definida até o topo sem outros pontos para matar a sede. Ao chegar ao cume, você estará numa montanha à esquerda da Serra Negra. Se você estiver com altímetro, ele deverá marcar 2.195 metros. E se São Pedro estiver do seu lado e o dia estiver claro, você verá uma bela vista deste local que é conhecido como o Morro Pelado. Depois de apreciar a Serra Negra, desça no sentido leste em direção a ponto de acampamento dessa noite. Você encontrará água na mata que está na base do morro.
3º dia: Aproveite para relaxar no acampamento um pouco mais pela manhã, já que agora é só descida até Maromba. Antes de iniciar o dia de caminhada, abasteça o cantil no córrego da base da mata. Em aproximadamente quatro horas você já estará próximo à cidade. Quando começar a perceber a civilização novamente, pode optar entre seguir pela direita e dar no centro da cidade ou pegar à esquerda, ao lado de algumas casas, e entrar na estrada à direita para tomar um banho na cachoeira de Santa Clara.
Cicloturismo no Circuito Lagamar (SP)
Bem próximo a São Paulo, o roteiro inclui praia e o interior rural do Vale do Ribeira. O caminho não é muito difícil, com poucas subidas e alguns trechos com pedras soltas, sinalizado, ideal para iniciantes no pedal. É uma das viagens mais tradicionais, com cerca de 180 km e vale a pena ser percorrida em três dias.
1º dia: O trajeto sai de Ilha Comprida, cruzando a ponte até a cidade histórica de Iguape, com suas ruas de paralelepípedos e casarões antigos. A partir dali, um trecho de cerca de 50 km por fazendas da região, que cultivam de bananas a búfalos, leva até a pequena Pariquera-Açu.
2º dia: A viagem de 60 km vai até Cananeia, passando por Jacupiranga e cruzando de balsa até a parte continental da cidade, em Porto Cubatão.
Em Cananeia vale aproveitar a vista dos barquinhos no canal ou passar o dia na praia, tomando mais uma balsa.
3º dia: O último dia é quase todo pela praia até Ilha Comprida. Fique de olho na maré, em especial em dias de tempo ruim. Até a localidade de Pedrinhas, cerca de 16 km, o percurso é todo pela praia. A partir de lá, se a areia estiver muito fofa, vale pegar a estrada de cascalho que margeia as praias.
Alternativa: Uma variação dessa rota que pode ser uma boa opção romântica de dia dos namorados é tomar um barco de Cananeia até a Ilha do Cardoso e pedalar pelas trilhas na mata e longos trechos de praia deserta, tomando ainda outro barco até a ilha de Superagui, no Paraná.
Curso de escalada em São Bento do Sapucaí (SP)
São Bento do Sapucaí conta com algumas das mais importantes vias de escalada esportiva do Brasil estão no Complexo do Baú, que fica na cidade.
O destino é perfeito tanto para quem já escalou algumas vezes em paredes indoor e não tem (muito) medo de altura tanto para aqueles que desejam começar a escalar em rocha e entender a logística e o funcionamento dos equipamentos.
Nas três grandes montanhas de pedra do Complexo do Baú (Bauzinho, Pedra do Baú e Ana Chata), há inúmeras vias de diversos graus de dificuldade e paredões de até 400 metros de altura.
Se o casal ainda não tem experiência nesse universo da escalada mas quer começar, a sugestão aqui é o curso básico de um final de semana que o experiente escalador Eliseu Frechou dá na Escola de Escalada Montanhismus. Lá, vocês vão aprender as técnicas da escalada livre e rapel, os principais nós, a logística e os sistemas de proteção e segurança. Uma boa opção de hospedagem é a Pousada Quilombo.
No primeiro dia, celebre o dia dos namorados com a tentadora carta de vinhos do restaurante Trincheira, localizado na própria pousada. No dia seguinte, encare alguma parede da Ana Chata, onde estão as vias com menor grau de dificuldade.
Explore a região com a ajuda do Manual de Escaladas da Pedra do Baú e do Sul de Minas, escrito por Eliseu (você pode comprá-lo na Montanhismus ou pelo site mountainvoice.com.br), que tem mais de 250 rotas detalhadas. Aproveite melhor o tempo e não se meta em roubadas nas primeiras escaladas contratando um guia de montanha para conhecer os melhores acessos e os rapéis das rotas.