O voo VS3 da Virgin Atlantic decolou de Londres com destino a Nova York, mas teve que dar meia volta após 40 minutos no ar e retornar as pistas do Aeroporto de Heathrow. A situação ocorreu na última segunda-feira (2), segundo a CNN americana.
+ Esse antigo avião virou ‘barraca de luxo’ em acampamento na Itália
+ Pandemia e crise na aviação: Pilotos trocam aviões por trens na Europa
+ Guia Hardcore: fazendo a primeira surf trip solo
O motivo veio à tona quando o avião sobrevoava a Irlanda e o comandante foi informado que o copiloto não tinha completado o treinamento necessário para voar.
Posteriormente, em entrevista à emissora, a companhia afirmou que o copiloto é parte da sua equipe desde 2017 e que tem qualificações segundo os regulamentos do Reino Unido. No entanto, faltava completar uma “avaliação final” de voo da Virgin Atlantic para exercer a função.
O comandante, que foi mencionado como “altamente experiente” por fazer parte da companhia há 17, não possuía status de treinador de pilotos. Por conta dessa junção de fatores, o copiloto teve que ser trocado.
A situação trouxe um atraso de quase três horas aos passageiros, de acordo com o jornal britânico Daily Mail. Além disso, eles tiveram que esperar na pista até o momento que a empresa conseguiu um substituto.
“Nós tínhamos acabado de chegar à costa oeste da Irlanda quando o capitão anunciou: ‘Vocês devem ter notado que conduzimos uma volta de 180º’. Em seguida, ele nos disse que estávamos voltando ao Heathrow devido a um erro administrativo e que eles precisavam assinar alguns papeis para podermos legalmente seguir viagem”, relatou a passageira Julie Vincent ao Mail.
A companhia aérea informou que não comprometeu a segurança de ninguém durante os 40 minutos em que o avião esteve no ar, uma vez que ambos os pilotos teriam licença e qualificações para operar o voo.
“Perguntamos diversas vezes o que estava acontecendo e tudo o que nos foi dito era que não era legal estarmos no ar e que precisávamos voltar para que um engenheiro pudesse avaliar que era seguro viajarmos”, contou a passageira. Em Heathrow, os viajantes foram mantidos dentro do avião e os lanches de bordo começaram a ser servidos antes da nova decolagem.
“Ao menos três pessoas com coletes de segurança entraram no cockpit por um tempo antes que as cortinas fossem fechadas. Fomos mantidos no avião enquanto nos ofereciam água e esperávamos por uma atualização. Um dos tripulantes comunicou ao outro bem alto que os fornos não estavam funcionando”, finalizou a passageira.
Depois de um bom tempo, diante do clima de incerteza, o serviço funcionou pouco a pouco e o copiloto novo chegou para poder dar continuidade no voo.
A Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido confirmou à CNN que os pilotos eram devidamente licenciados e qualificados para operar a aeronave.
Por fim, a companhia aérea Virgin Atlantic, por meio de um porta-voz, lamentou a situação. “Nós pedimos desculpas por qualquer inconveniente causado aos nossos clientes que chegaram duas horas e quarenta minutos depois do programado como resultado da mudança de tripulação”.