COI abre investigação e exige resposta da Bielorrússia sobre caso de velocista

Por Redação

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O Comitê Olímpico Internacional (COI) abriu uma investigação sobre o caso da velocista Krystsina Tsimanouskaya e exigiu que a Bielorrússia responda nesta terça-feira (3) às alegações de que autoridades tentaram colocá-la em um voo de volta a Minsk à força.

A Polônia concedeu visto humanitário à atleta de 24 anos, que foi conduzida à força ao aeroporto de Tóquio no último final de semana depois de criticar os treinadores de seu país nas redes sociais. Ela os acusou de negligência depois que várias atletas que deveriam competir nos 4×400 metros terem ficado impedidas de viajar devido à falta de testes antidoping.

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Tsimanouskaya apelou ao COI no aeroporto de Haneda, no Japão, para intervir em seu caso antes de apelar para a proteção da polícia.

Um porta-voz do COI, Mark Adams, disse que a organização exigiu que a Bielorrússia entregue um relatório sobre o incidente envolvendo a velocista até o final da terça-feira. “Queremos [o relatório] hoje. Decidimos iniciar uma investigação formal. Precisamos estabelecer todos os fatos. Precisamos ouvir todos os envolvidos.”

O COI poderia sancionar ou até mesmo suspender o Comitê Olímpico da Bielorrússia por causa do incidente, embora não haja certeza de que uma decisão viria durante os jogos, segundo informações do Guardian.

“Isso obviamente pode levar tempo. Precisamos chegar ao fundo disso. Quanto tempo isso vai demorar, não sei”, disse Adams a repórteres.

O governo bielorrusso sinalizou que defenderá a decisão de retirar Tsimanouskaya dos Jogos, alegando que ela teve um colapso emocional. Mas um áudio de um oficial bielorrusso ameaçando a atleta foi vazado e pode dificultar a defesa do país caso o COI aceite o arquivo como prova verdadeira.

Vários grupos de ativistas, incluindo aqueles que representam atletas bielorrussos, pediram ao COI para suspender o Comitê Olímpico da Bielorrússia.

Na segunda-feira (2), o grupo ativista Global Athlete escreveu: “Se o COI representa os direitos humanos, qualquer coisa menos do que uma suspensão é uma abdicação grosseira de seu dever de cuidar dos atletas”.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, também atacou a tentativa da Bielorrússia de mandar Tsimanouskaya para casa. “Essas ações violam o espírito olímpico, são uma afronta aos direitos básicos e não podem ser toleradas”, escreveu Blinken no Twitter.







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