O diretor esportivo da Federação Alemã de Ciclismo foi mandado para casa após um caso de racismo durante a prova de contrarrelógio masculina das Olimpíadas de Tóquio na quarta-feira (28).
“A liderança da equipe nos Jogos Olímpicos de Tóquio decidiu que Patrick Moster não pode continuar seu trabalho como líder da seleção nacional de ciclismo e retornará à Alemanha”, disse a equipe alemã em comunicado. As informações são da IstoÉ.
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Moster fez os comentários racistas durante a prova de contrarrelógio de estrada, enquanto tentava estimular um dos ciclistas da Alemanha.
“Peguem os camelos, vamos lá”, gritou o diretor para Nikias Arndt, que perseguia os oponentes Azzedine Lagab da Argélia e Amanuel Ghebreigzabhier da Eritreia, ambos do continente africano.
Moster se desculpou mais tarde, culpando seus comentários pelo “calor do momento”, e disse não ser racista.
O Comitê Olímpico Alemão (DOSB) levou cerca de 24 horas para emitir um comunicado sobre o incidente, levantando dúvidas sobre a demora no tratamento do caso, uma vez que a Federação Internacional de Ciclismo (UCI) havia condenado as declarações já na quarta-feira.
O DOSB acabou dizendo que não era mais possível manter Moster em Tóquio, depois que o caso de racismo causou um grande fervor nas Olimpíadas, bem como na Alemanha.
“Continuamos convencidos de que suas desculpas públicas ontem por suas declarações racistas são genuínas”, disse o presidente do DOSB, Alfons Höermann. “Mas com esse deslize, o Sr. Moster violou os valores olímpicos. Fair-play’ respeito e tolerância não são negociáveis para a equipe alemã.”
Die Delegationsleitung des @TeamD bei den Olympischen Spielen in Tokio hat am Donnerstag entschieden, dass Patrick Moster seine Aufgabe als Teilmannschaftsleiter Radsport im Team D nicht weiter wahrnehmen und zeitnah nach Deutschland abreisen wird. https://t.co/IVddWpTSdm
— DOSB (@DOSB) July 29, 2021