Os Jogos Olímpicos de Tóquio começaram nesta sexta-feira (23) e o Brasil já está na torcida pelos seus atletas. Na primeira edição das Olimpíadas com quatro modalidades de aventura que por muito tempo foram consideradas “underground”, o país já tem muitos favoritos ao ouro olímpico.
Muitos especialistas acreditam que o Brasil deve subir no pódio com os atletas do surf, skate e canoagem.
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O editor do site Surto Olímpico, Wesley Félix, disse à Agência Brasil que aposta que o Brasil pode levar ouro nas três modalidades. “São pessoas que, se não ganharem, os resultados podem ser considerados zebras. São muito favoritos ao ouro”, afirma.
Com base nisso, ele considera que os representantes do surf, os campeões mundiais Gabriel Medina (2014 e 2018) e Ítalo Ferreira (2019), ambos de 27 anos de idade, têm desempenhos em 2021 (são líder e vice-líder do mundial) que indicam o caminho da onda ao pódio.
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A gerente de programas esportivos da EBC, Verônica Dalcanal, acredita na medalha do surf, que estreia nos jogos. “Eles são favoritíssimos. Vai ser muito legal essa conquista logo no primeiro ano de disputa”.
Para Igor Santos, repórter da EBC que cobrirá a Paralimpíada em Tóquio, o favoritismo brasileiro está realmente no surf masculino e no skate feminino. “Curiosamente, as modalidades que são estreantes nos jogos”, pondera.
Para André Rossi, o título de um dos atletas de surf dependerá também de condições meteorológicas e das ondas, em um cenário imprevisível.
Wesley Félix ainda levanta o favoritismo de três competidoras em outra nova modalidade olímpica. Para ele, Pâmela Rosa, de 22 anos, a caçula do time Rayssa Leal, de 13, (que são líderes do ranking mundial) e Letícia Bufoni, de 28, do skate (categoria street) são nomes esperados no pódio. Porém, André Rossi pondera que as atletas japonesas na categoria são ótimas. Para ele, a competição está em aberto. “Pode dar as três brasileiras no pódio ou mesmo as três japonesas”, disse.
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Lincoln Chaves, que cobriu a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos de 2016 no Rio, pela EBC, reitera, inclusive, que mesmo elas sendo jovens, têm bagagem para fazer história. “Existe a pressão natural de Olimpíada. Elas são jovens esportistas, mas muito acostumadas a competições grandes”.
Com três pódios em 2016, o canoísta Isaquias Queiroz, (canoagem velocidade 1.000 metros, categoria C1), que é campeão mundial, é outro favorito ao ouro nessas Olimpíadas da Aventura, no entender dos especialistas consultados. Ele também vai competir em dupla (C2, na mesma distância) com Jacky Goodman, mas terão concorrências que deixam a tarefa mais difícil.
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Para ficar de olho
Os profissionais entendem que, embora não sejam favoritos, existem outros atletas que podem surpreender e chegar ao título. Na vela, a dupla Martine Grael e Kahena Kunze, na classe RS:FX, são citadas pelos profissionais como potenciais medalhistas. “São campeãs olímpicas e estão muito bem. Mas, claro, elas têm adversárias fortes e dependem de como o tempo estará”, afirma Rossi. Lincoln Chaves considera que a dupla é forte candidata ao bi.
A jornalista Marília Arrigoni, também da equipe de esportes da EBC, aposta que é necessário observar de perto também Ana Satila, na canoagem slalom, e Henrique Avancini no Mountain Bike.
Os entrevistados, aliás, consideram que Avancini seria uma surpresa, mas que não é improvável.
Mesmo com os palpites, os profissionais especialistas, que acompanham esporte de perto, reiteram que previsões podem cair por terra diante do inusitado, de um vento a mais, de uma onda maior, de um segundo a menos, de concentração diferente e até de uma inspiração que nem sempre é matemática.
por Agência Brasil