O público não esteve presente, e um clima mais frio que o usual dominou o ambiente na abertura das Olimpíadas de Tóquio, como não poderia ser diferente em tempos de pandemia e tantas incertezas.
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Ainda assim, o evento contou com fortes mensagens de luta por igualdade, inclusão e respeito à diversidade, além de homenagear os milhões de mortes pela Covid-19 em todo o mundo, lembrando que o trabalho contra a doença ainda não terminou.
Em um esforço para promover a igualdade de gênero, três duplas masculinas e femininas fizeram o juramento no Estádio Olímpico, e as duplas de porta-bandeiras por país foram representadas de forma geral por um homem e uma mulher.
A mensagem geral era de união. “É um momento de esperança. Sim, é muito diferente do que todos nós tínhamos imaginado. Mas vamos valorizar este momento porque finalmente estamos todos aqui juntos. Este é o poder unificador do esporte. Esta é a mensagem de solidariedade, a mensagem de paz e a mensagem de resiliência.”, discursou o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional) Thomas Bach.
Mesmo sem luxo e grande aparato tecnológico, a cerimonia conseguiu transmitir emoção.
Ao som de músicas de jogos de videogame, a Grécia abriu o desfile das delegações por ser fundadora dos Jogos na antiguidade e a ordem de entrada dos países seguiu de acordo com o alfabeto japonês. Assim, o Brasil foi a 151.ª delegação a entrar no Estádio Olímpico de um total de 206 países. As placas com os nomes das nações copiavam balões de fala de quadrinhos de mangá.
O Time Brasil foi representado na cerimônia de abertura das Olimpíadas em Tóquio pelos porta-bandeiras Bruninho (vôlei) e Ketleyn Quadros (judô), além do chefe de missão Marco La Porta e da representante dos colaboradores do COB (Comitê Olímpico do Brasil) Joyce Ardies. O casal de atletas temperou a entrada do Brasil na arena sambando na passarela do desfile.
Antes de o imperador do Japão, Naruhito, declarar os Jogos oficialmente abertos, a questão da sustentabilidade também esteve representada na cerimônia. A pira olímpica, simbolizada pelo Sol em cima do Monte Fuji, foi acesa pela tenista Naomi Osaka e, pela primeira vez, será abastecida por hidrogênio para reduzir a emissão de poluentes, de acordo com informações do Estadão.
A entrada da bandeira olímpica prestou homenagem aos atletas que atuaram no combate à pandemia, com a escolha de seis deles que exerceram serviços considerados essenciais para carregar o símbolo dos Jogos, como a boxeadora Arisa Tsubata, que também é enfermeira e tratou pacientes com covid-19.
“Imagine”, música de John Lennon e Yoko Ono, tocou enquanto uma frota de 1.824 drones pairava sobre o Estádio Olímpico formando uma impressionante versão tridimensional do logotipo da Tóquio-2020 e, em seguida, um globo terrestre – reforçando mais uma vez a idea de união global.