O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, disse nesta segunda-feira (28) que vai fortalecer o controle de saúde nos aeroportos do país para as Olimpíadas de Tóquio depois que membros da equipe olímpica da Uganda testaram positivo para a Covid-19.
Um técnico da equipe ugandesa testou positivo ao chegar em Tóquio na noite do dia 19 de junho. Ele foi colocado em quarentena no aeroporto de Narita, mas o resto da equipe de nove pessoas viajou mais de 500 km em um ônibus fretado para o acampamento pré-olímpico em Osaka.
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Três dias depois, um segundo ugandense também testou positivo para o novo coronavírus, forçando sete autoridades municipais e motoristas que tinham contato próximo com a equipe a se isolarem. Os membros da equipe foram colocados em quarentena em um hotel local.
As preocupações aumentaram depois que foi anunciado que ambos os ugandeses tinham a variante delta do vírus, que se acredita se espalhar mais facilmente.
Em resposta às críticas ao caso, o primeiro-ministro japonês foi para o aeroporto internacional de Haneda, em Tóquio, para inspecionar os testes do vírus feitos nas chegadas do país, segundo o USA Today. Ele prometeu garantir controles de fronteira apropriados conforme um número crescente de participantes olímpicos e paraolímpicos entrassem no Japão antes da abertura dos jogos no dia 23 de julho.
O secretário-chefe de gabinete, Katsunobu Kato, disse também nesta segunda-feira que o Japão planeja aumentar os requisitos de quarentena para atletas olímpicos e outros participantes de áreas onde a cepa delta foi detectada. A ideia é exigir testes diários do vírus por sete dias antes da partida para o Japão — aumentando três dias da exigência atual — e até 14 dias após a entrada. Também será pedido que os atletas treinem isolados nos primeiros três dias no país.
O caso da Uganda ilustrou que o controle de saúde da fronteira japonesa para as Olimpíadas pode ser facilmente violado, disse o presidente da Associação Médica de Tóquio, Haruo Ozaki, ao canal NHK. “Aparentemente, os controles de fronteira não são adequados, embora tenha havido muito tempo para trabalhar neles.”
Já o o presidente do Comitê Olímpico Japonês, Yasuhiro Yamashita, disse em uma entrevista coletiva que “não importa quais medidas você tome, as pessoas infectadas virão e isso é inevitável”.