Você conhece o flexitarianismo? Quase 1/3 da população brasileira já adere à tendência de saúde e sustentabilidade

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Você conhece o flexitarianismo? Segundo pesquisa feita pela The Good Food Institute Brasil (GFI), quase 1/3 da população brasileira já se define como flexitariana. O termo faz referência à proposta de reduzir o consumo de carne no dia a dia, sem parar totalmente, dando prioridade aos alimentos de origem vegetal.

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Com grande apelo de saudabilidade, a tendência agrada justamente pela sua flexibilidade, não existindo “regras” para sua adoção. Há quem siga o movimento “segunda sem carne”, por exemplo, no qual o objetivo é não consumir nada de origem animal às segundas-feiras. Outra possibilidade é evitar proteínas animais durante o almoço em dias de semana. As opções são várias e dependem da rotina e dos objetivos de cada pessoa.

Mas um fato que chama atenção nessa tendência é que mesmo sem se identificarem com o tema, ou sequer conhecê-lo, outros 67% dos brasileiros reduziram o consumo de carne, ainda segundo a pesquisa do GFI. Ou seja, há um mercado grande a ser explorado pela indústria de alimentos plant based, cujo crescimento já foi de 11% nos últimos cinco anos.

Quais as oportunidades para as empresas do setor?

Em 2022, 42% do consumo de produtos à base de plantas foi proveniente dos flexitarianos, segundo pesquisa da Euromonitor. A dieta em expansão está movimentando e exigindo mais do mercado plant-based, principalmente por ser menos restritiva, e às vezes considerada como uma transição para o estilo de vida vegetariano ou vegano.

Além disso, há uma demanda cada vez maior pelo equilíbrio entre sabor e saudabilidade, visto que reduzir o consumo de proteína animal pode trazer diversos benefícios para o corpo, como diminuir o risco de doenças cardiovasculares e a chance de desenvolver diabetes e hipertensão.

Assim, para desenvolver um produto à base de plantas de qualidade, é preciso que o consumo seja de fato mais saudável do que a proteína animal. “Na Typcal, por exemplo, os produtos são feitos apenas com proteína de ervilha, que é uma matéria prima mais saudável, não transgênica, além de possuir alto índice proteico e equilíbrio de aminoácidos”, destaca Paulo Ibri, CEO da Typcal – foodtech brasileira de produtos à base de plantas.

Outros desafios, que surgem como oportunidades para o setor, são aumentar as opções de produtos disponíveis no mercado. A pesquisa do The Good Food Institute constatou também que 53% dos consumidores que buscam alimentos plant-based para substituir a proteína animal, seja em lojas físicas ou da internet, não encontraram algum item que procuraram.

“Ou seja, há uma clara demanda por uma maior diversidade de opções, que, aliado a um custo acessível, pode de fato fazer com que os alimentos à base de proteínas alternativas comecem a fazer parte da mesa do brasileiro no dia a dia”, finaliza Paulo.







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