A resposta está na genética. São os genes desse povo que habita o “teto do mundo” que fazem com que os tibetanos se adaptem tão bem à atmosfera rarefeita. A região de planalto onde fica o Tibete está situada a uma altitude média de 2.900 metros.

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Cientistas identificaram 30 genes com mutações de DNA mais prevalentes nos habitantes do Tibete do que nos chineses da etnia han, majoritária na China. Um desses genes, o EPAS1, batizado de “superatleta”, sofre nos tibetanos uma mutação que, segundo o geneticista Rasmus Nielsen, da Universidade da Califórnia, é extremamente rara. “Provavelmente, esta é uma das variantes particulares que ajudam os tibetanos a terem um bom desempenho em lugares elevados”, diz Nielsen.

Quando pessoas comuns, como nós, brasileiros, visitamos o Tibete, nosso corpo compensa a ausência de oxigênio produzindo mais hemoglobina, o que aumenta a capacidade do sangue de transportar oxigênio. Mas essa quantidade extra de hemoglobina engrossa o sangue, dificultando o trabalho do coração e, algumas vezes, provoca um mal conhecido como “doença aguda da montanha”.

As adaptações sofridas pelos tibetanos permitem que eles produzam menos hemoglobina e, mesmo assim, se sintam bem em grandes altitudes. Mas atenção: mesmo que seus genes não sofram a mutação detectada nos tibetanos, você é capaz de subir o Himalaia. O segredo para isso é muito treino e uma boa dose de perseverança.







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