Uma cerimônia realizada na última sexta-feira (3) marcou a reabertura da Serra Fina, considerada uma das travessias mais belas e desfiadoras do Brasil.
O local estava fechado desde 2020, quando um incêndio de grandes proporções destruiu mais de 600 hectares de vegetação nativa da região.
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Agora, o acesso às trilhas da Serra Fina será cobrado e feito apenas pelas portarias oficiais, criadas pela Associação dos Proprietários da Serra Fina (APSF).
Como a área da Serra Fina pertence a propriedades privadas, os novos critérios para a travessia foram estabelecidos pelos donos da RPPNs (Reservas Particulares do Patrimônio Natural).
De acordo com a APSF, o valor arrecadado com a entrada de turistas e montanhistas será revertido em investimentos de manutenção na montanha e no pagamento de custos de operação.
Entre as ações propostas estão o manejo e sinalização constante das trilhas, o pagamento da mãe de obra e manutenção das portarias, custos indiretos da gestão como salários e impostos.
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Quanto custará?
Os valores para ingressar na Serra Fina variam conforme o número de dias utilizados para realização do trekking e o número de acampamentos. Para percorrer toda extensão da trilha, o tempo médio é de quatro dias.
Também há diferença de valores entre os dias da semana, de acordo com informações do site Alta Montanha. De segunda a sexta-feira, dias em que há demanda menor, o valor será de R$ 30 por dia. Já nos finais de semana o valor será R$ 60 por dia; nos feriados, R$ 80 por dia. Os acampamentos tem preço fixo de R$ 30 por noite.
Assim, se um montanhista deseja realizar a travessia da Serra Fina em quatro dias úteis ele deve desembolsar R$ 210. Moradores das cidades que abrigam a Serra Fina (Passa Quatro, Itanhandu, Itamonte, Lavrinha e Queluz) têm desconto de 50%.
Com fama de travessia mais difícil do Brasil, a Serra Fina percorre 33 quilômetros, com 20 montes acima de 2.000 metros de altura.
Ela faz parte da Serra da Mantiqueira e tem alguns dos cumes mais altos montanhas do Brasil, como o Pico do Capim Amarelo (2491m), a Pedra da Mina (2.798m) e o Pico dos Três Estados (2.656m).
Ao longo das últimas décadas, a sinalização e proteção do caminho eram feitas pelos próprios guias e praticantes.