Pioneiro do bungee jump, britânico David Kirke falece aos 78 anos

Por Redação

O excêntrico e fissurado por adrenalina David Kirke. Foto: Reprodução / Explorersweb.

O homem que realizou o primeiro salto moderno de bungee jump do mundo, vestindo um fraque e segurando uma garrafa de champanhe, faleceu na última quarta-feira (25) de causas naturais aos 78 anos.

O britânico David Kirke, fundador do Dangerous Sports Club, da Universidade de Oxford, saltou da ponte suspensa Clifton, em Bristol, no dia 1 de abril de 1979.

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Outros três amigos saltaram da ponte de 76 metros de altura na sequência, conectados por cordas elásticas, após uma viagem de asa-delta. O quarteto acabou detido pela polícia por perturbar a paz, sendo multados em 100 libras (R$ 600) cada.

Para realizar o pioneiro salto, Kirke se inspirou em um ritual de mergulho em terra realizado por nativos de Vanuatu, no Pacífico Sul.

Sua família o descreveu como “um espírito livre”. Em depoimento à BBC, parentes disseram que Kirke tinha “uma natureza gentil e generosa” e “fez amigos em mais de 40 países, apreciava um copo de vinho e nunca teria mudado a vida que levou”.

Após a proibição do salto de bungee da ponte suspensa em 1979, o Dangerous Sports Club difundiu o conceito globalmente, realizando saltos de estruturas como a Golden Gate, em São Francisco, e a Ponte Suspensa Royal Gorge, no Colorado. Em 1982, os membros do clube estavam pulando de guindastes móveis e balões de ar quente.

Kirke afirmou que saltar da estrutura centenária de Bristol foi um “momento quase beatífico”. Ele disse que a “verdadeira recompensa”, no entanto, era que o bungee jumping havia proporcionado alegria a pessoas que ele nunca conheceria.

Kirke saltou da mesma ponte em 2000, para comemorar o 21º aniversário do esporte.

Em 2004, em um artigo sobre o Dangerous Sports Club, a revista Vanity Fair o descreveu da seguinte forma:

“David Kirke [era] seu presidente, espírito orientador e único membro vitalício. Em muitos aspectos, Kirke é o homem típico de Oxford. Nascido em 1945, ele era o mais velho de sete filhos. Seu pai era professor e sua mãe, pianista de concerto. A família passava os invernos na Suíça e os verões na França, empregava 15 serviçais e dirigia um Rolls-Royce clássico – tudo no último momento da história britânica em que era possível desfrutar de tais luxos e ainda ser considerado de classe média.”