Uma pesquisa divulgada essa semana aponta surfistas americanos cada vez mais diversificados. Que a população de surfistas nos Estados Unidos está crescendo como nunca antes – mais de um milhão nos últimos cinco anos – a Sports & Fitness Industry Association já havia revelado recentemente. Mas não é só isso, uma pesquisa divulgada essa semana pela SIMA ((Surf Industry Members Association), a organização que reúne as empresas fabricantes de roupas e acessórios para quem pega onda, dá detalhes de quais grupos populacionais estão aumentando sua presença nas ondas.
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Claro que a surfistada que está nas praias americanas com frequência já tinha notado isso, talvez não apreciando tanto o aumento do crowd, mas, no geral, curtindo as faces diferentes arejando o ambiente. Aquele estereótipo do surfista americano ser um garotão loiro de olhos claros está defintivamente ultrapassado. Só para se ter uma ideia, se antes era muito difícil encontrar surfistas negros em qualquer pico americano, hoje eles são o grupo que mais cresce nessa nova leva, compondo atualmente 11% da população surfista. Mas no caso dos afro-americanos, vale ressaltar um dado do relatório que os coloca também como o maior grupo entre os ditos “surfistas casuais”, aqueles que surfam menos de oito vezes ao ano.
Como o Relatório de Diversidade no Surf da SIMA é extenso e detalhado, com 22 longas páginas, torna-se inviável publicar aqui a riqueza de informações que ele contém. O conteúdo é de interesse específico para quem trabalha na indústria do surf, mas vale ressaltar aqui alguns pontos, para matar a curiosidade daqueles que não dependem do surf para ganhar o seu pão de cada dia, mas gostariam de saber um pouco mais sobre os rumos que o esporte está tomando nos Estados Unidos.
Hispânicos são quase 20%
As mulheres são agora 35% do total de população de surfistas americanos. Quase 20% dessa população se identifica como hispânica. Somando o número de surfistas afro-americanos/negros aos de surfistas asiáticos/das ilhas do Pacífico e surfistas hispânicos, chega-se à significativa parcela de 40% da população surfista. Em 2022, a SIMA afirmava que os surfistas caucasianos/brancos representavam 65% da população de surfistas.
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Fica explicito no relatório a tendência para uma participação mais étnica e racialmente diversificada no surf. O que é atribuido a um esforço da própria indústria em alcançar um público mais amplo. Nesse sentido, a inclusão de funcionários mais diversificados no varejo do surf e a incorporação da plataforma olímpica no marketing das empresas, entre outras ações, teriam dado o resultado esperado para uma população de surfistas americanos cada vez mais diversificados.
“Ao diversificar a composição racial e étnica dos surfistas, o esporte está se tornando mais representativo da população em geral e os números de participação estão aumentando, o que é saudável para a indústria do surf”, publicou a SIMA no seu relatório. “Os esforços combinados de vários intervenientes na indústria do surf para não só promover a inclusão, mas também enriquecer a comunidade do surf, abraçando e celebrando uma gama mais ampla de culturas e perspectivas… estão a contribuir para esta nova onda de crescimento no surf.”