GCM dá mata-leão em professor durante aula; veja vídeo

Por Redação

gcm mata-leao professor
Reprodução

Em Ribeirão Preto (interior de São Paulo), policiais da GCM foram filmados dando um mata-leão em um professor de educação física em uma quadra poliesportiva pública da cidade, no Jardim São José, zona Leste, na sexta-feira (23). Nas imagens que circularam nas redes sociais é possível identificar Felipe Francisco, 27, discutindo com a equipe da GCM (Guarda Civil Metropolitana) e, logo em seguida, sendo segurado por quatro agentes.

Leia também

+ Este truque deixa a máscara cirúrgica 20% mais eficiente

+ Devo usar máscara quando vou correr ou pedalar?

O mata-leão aplicado no professor por agentes da GCM foi registrado em três vídeos, que causaram grande comoção nas redes sociais. É possível ver um dos guardas executando o ato de contenção no jovem. No primeiro vídeo, os guardas aparecem orientando Felipe sobre o veto à atividade. Ele, no entanto, rebate os guardas dizendo que precisa trabalhar e que não é possível viver do auxílio emergencial.

O professor de educação física disse que estava dando uma aula particular na quadra quando uma viatura chegou na quadra vizinha, onde haviam mais pessoas, para dar uma batida por conta da aglomeração. Os guardas teriam autorizado que ele continuasse o treino, por estarem apenas ele e o aluno, ainda que sem máscara.

A viatura foi embora, mas em cerca de 15 minutos teria chegado um outro veículo da GCM. Os guardas teriam pedido para ele interromper a atividade porque o decreto municipal não permitia atividades esportivas até sexta-feira. Porém, com a fase de transição do Plano SP, que entrou em vigor no sábado, treinos de futebol já podem acontecer.

De acordo com o boletim de ocorrência, os agentes envolvidos na confusão disseram que usaram da força física moderada porque o treinador tentou mordê-los. Eles explicaram também que pediram para Francisco deixar a quadra, pois estava usando espaço público para atividade remunerada – o que não é permitido -, mas ele teria se recusado. Para o UOL, o educador contou uma versão diferente, dizendo que teria concordado em ir embora, mas que um dos guardas queria levá-lo para a delegacia mesmo assim.

Francisco afirma que conseguiu se esquivar da primeira tentativa de mata-leão, mas os outros guardas se juntaram e o professor acabou sendo imobilizado. Ele prestou depoimento na delegacia, fez exame de corpo de delito e disse que irá processar o poder público. Em nota, a GCM comunicou que o caso está sendo apurado e que o comportamento dos agentes envolvidos no episódio será investigado, reforçando que a população deve obedecer aos decretos municipal e estadual para evitar aglomerações na pandemia.