Nevasca histórica inaugura temporada de esportes de inverno no Chile

Por Flavia Vitorino

Neve toma conta de Nevados de Chillan, que possui a pista mais longa da América do Sul. Foto: Flavia Vitorino.

O Chile começou o mês de julho com temperaturas negativas e uma nevasca histórica, que garantiu a abertura das estações de esqui em vários destinos gelados do país.

A temporada de esportes na neve no país andino vai até a primeira quinzena de setembro, e a Subsecretaria de Turismo de lá já prevê um aumento de 81,5% de procuras por estações de esqui em relação à 2019. Todos com fome de frio e neve.

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Mas há espaço de sobra para todo mundo, pois existem várias opções de estações de esqui espalhadas pelo país. O fato é que quanto mais afastadas de Santiago, mais opções de lugares inóspitos e pistas mais vazias.

Nevados de Chillan é uma dessas. Além de nevar muito, é considerado um dos melhores centros termais do país, a 1.600 metros acima do nível do mar e conta com 35 km de pistas de ski, com diferentes níveis de dificuldade.

Dentre essas pistas está a mais longa da América do Sul, a Tres Marias, com 13 km de extensão, um verdadeiro paraíso dos esportes na neve.

Escolhida pelos atletas de ponta para treinos por conta das várias opções de off-piste e bosques que possibilitam rotas paralelas que só os locais podem indicar. Jeremy Jones é um dos visitantes da estação para prática do snownoard freeride.

A estação fica a 411 km até Santiago. A melhor maneira de chegar até lá é indo de avião até Concepción e depois dirigir por mais 100 km até lá.

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A combinação de altitude elevada, umidade baixa, ventos gelados e longa exposição ao sol pode ser bem perigosa, causando inclusive danos permanentes. A dermatologista norte-americana Karen Nern, especialista em cuidados com a pele em regiões montanhosas, tem boas dicas para você evitar os problemas mais comuns durante a prática de esportes na neve:

O problema: Exposição exagerada ao sol

A solução: Protetores solares com óxido de zinco na composição evitam queimaduras, pois refletem com mais eficiência os raios ultravioletas nocivos. “Os cremes comuns te protegem, mas esses produtos mais específicos atuam realmente como um espelho contra o sol”, explica Karen. Esqueça alternativas caseiras do tipo “pasta d’água” e prefira produtos certificados.

O problema: Tempo seco

A solução: Tenha sempre um bom hidratante para aplicá-lo depois do banho, logo após a primeira secagem, com o corpo ainda levemente úmido. “As enzimas esfoliantes da nossa pele agem melhor nesta situação”, garante Karen. Para uma recuperação mais eficaz, ela recomenda loções com ceramida, um agente hidratante que age rapidamente na camada externa da pele. Você vai acabar gastando um pouco mais, mas é por um bom motivo.

O problema: Queimadura “pelo vento”

A solução: Estudos mostram que, mesmo em locais nublados, a radiação solar é a responsável pelas queimaduras ao ar livre em climas frios (e não os ventos em si, como se propaga por aí). Ainda assim, o ar gelado sempre pode piorar o quadro, seja por aliviar a sensação de exposição, pelas próprias rajadas que ressecam a pele ou por uma combinação de ambos. O antídoto? Aplique a mesma lógica da proteção contra o sol, procurando usar boas máscaras de esqui, bandanas e outros acessórios de proteção da facial. Não se esqueça de proteger também os olhos. Em altitudes mais elevadas, o “filtro” da atmosfera que protege contra a incidência de raios ultravioleta é menos efetivo. Por isso, use óculos escuros confiáveis.

Flavia Vitorino é jornalista especializada em natureza e destinos de aventura e colaboradora da Go Outside de longa data.







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