Como aprender a acordar cedo

Dormir este horário pode evitar doenças cardíacas | Go Outside
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Mas afinal, como começar a acordar cedo sem sofrimento? É isso que todos que sofrem ao ouvir o despertador tocar de manhã se perguntam. Essas, geralmente, são as pessoas noturnas, que produzem melhor à noite e têm dificuldade para levantar logo de manhãzinha.

Enquanto pede mais cinco minutinhos de sono pela manhã, a turma que acorda com as galinhas já levantou, tomou café e começou o dia. O que tem de diferente entre esses dois grupos? Caio Bonadio, médico do sono e psiquiatra, conta que cada um tem um ritmo biológico — e isso depende da genética individual.

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Caio explica que os genes específicos que controlam esse ritmo se expressam em uma região do cérebro chamada hipotálamo. De lá, são enviadas diversas mensagens químicas para todas as células do corpo, determinando nosso ritmo biológico.

Genética x Hábitos

Mas calma! Isso não quer dizer que não seja possível aprender a acordar cedo. O médico também diz que, além da genética, características ambientais, como exposição à luz artificial e natural, horário de refeições, prática de atividade física e faixa etária, também influenciam nosso relógio interno.

Por isso, é sim possível criar novos hábitos para aprender a acordar cedo. Algumas mudanças no dia a dia podem modificar nosso ritmo biológico. No período da noite, Caio indica diminuir a exposição à luz, especialmente de telas (nada de mexer no Instagram na cama antes de dormir!), e fazer refeições noturnas com menos calorias. Durante o dia, o médico do sono recomenda exposição à luz natural ao acordar, manter horários regulares de refeições e evitar o consumo de estimulantes, como a cafeína, após o período da tarde.

Devo aprender a acordar cedo?

Tenha cuidado nas adaptações do seu sono. Caio ressalta que o ideal é que sigamos nosso ritmo biológico natural e geneticamente determinado. Segundo o médico, brigar contra nossos genes pode gerar doenças e complicações a longo prazo, como transtornos de ritmo circadiano (o período de 24 horas sobre o qual o nosso organismo funciona), além de doenças psiquiátricas associadas a essas alterações, especialmente depressão e ansiedade. Por isso, Caio diz ser fundamental buscar ajuda médica em caso de problemas de sono.







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