Cientistas recentemente anunciaram a descoberta de uma nova espécie de sucuri na região norte da Amazônia, revelando a maior cobra já registrada no mundo. Com quase oito metros de comprimento e pesando cerca de 200 quilos, a anaconda verde do norte, como foi batizada, surpreendeu os pesquisadores pela sua imponência.
Leia mais:
+ O que a ciência diz sobre o medo de cobras
+ 4 destinos para surfar e pedalar no mesmo dia
A revelação foi feita pelo apresentador de TV e cientista Freek Vonk, que liderava um grupo de especialistas em uma expedição para uma nova série sobre vida selvagem. Vonk comparou a cabeça da cobra gigante à de um ser humano, descrevendo-a como uma verdadeira “criatura mitológica”. A sucuri do norte, segundo os especialistas, é tão espessa quanto um pneu de carro.
A descoberta que mais intrigou os cientistas foi a diferenciação genética entre as sucuris-verdes do norte e do sul da América do Sul. Com uma diferença de 5,5%, superior à dos humanos e chimpanzés, as anacondas verdes do norte foram classificadas como uma espécie separada, agora denominada Eunectes akayima.
Os pesquisadores coletaram amostras de sangue e tecido em diferentes regiões, incluindo Equador, Venezuela e Brasil, e realizaram uma análise detalhada das características físicas das cobras. A nova espécie foi identificada através de uma clara divisão genética entre as sucuris do norte e do sul da cordilheira.
A anaconda verde do norte, apesar de recém-descoberta, já enfrenta ameaças significativas. “A região amazônica está sob forte pressão devido às mudanças climáticas e ao desmatamento contínuo. Mais de um quinto da Amazônia já desapareceu, o que representa mais de 30 vezes a área dos Países Baixos. A sobrevivência destas cobras gigantes está intimamente ligada à proteção do seu habitat natural”, apontou Vonk”
Ver essa foto no Instagram
A descoberta, documentada em um estudo publicado na revista científica Diversity, reforça a importância da preservação da biodiversidade na Amazônia e destaca a necessidade de medidas para proteger não apenas as cobras gigantes, mas todo o ecossistema único da região.