Ciclista especializado em longas distâncias, o norte-americano Payson McElveen estabeleceu um novo recorde ao cruzar a Islândia em menos de 24 horas.
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No sábado, 11 de setembro, o atleta de 28 anos que mora em Durango, Colorado, saiu de Akureyri, uma cidade localizada na costa norte da Islândia, e chegou até Vík, a cidade litorânea mais ao sul do país.
Devido ao clima turbulento, a jornada de 413 km – feita em 19 horas e 45 minutos – tornou-se ainda mais desafiadora.
A travessia foi ideia do ciclista em parceria com o fotógrafo de aventura Chris Burkard.
“Meu lado competidor sempre gosta de pedalar para conseguir um tempo mais rápido, mas desta vez o projeto não era apenas sobre o FKT (tempo mais rápido conhecido), e sim para saber se seria possível rodar por todo o país em menos de um dia”, disse McElveen em depoimento ao site VeloNews.
As “Terras Altas” da Islândia podem ser cruzadas apenas durante o verão no país, de novembro a março. No resto do ano, as estradas de montanhas ficam fechadas, o que não impediu a empreitada de McElveen.
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Sua rota pelo deserto vulcânico, quase desabitado e de vegetação esparsa, cruzou as estradas conhecidas como “F”, que são vias de mão dupla bem acidentadas e com manutenção mínima, adequadas apenas para veículos de grande porte.
Cerca de 223 km da rota total de 413 km não eram pavimentadas. Sem pontos de parada ao longo da rota, McElveen também precisou ingerir mais de 7 mil calorias de alimentos durante a viagem.
Além disso, o clima no dia 11 de setembro estava bastante instável, de acordo com o ciclista. McElveen enfrentou vento contrário na maior parte do dia, tomou sete horas de chuva e lidou com temperaturas de -1C°. Por isso, ele fez um alerta os futuros pilotos desta rota.
“É engraçado como nossa ‘janela de tempo’ se qualificaria como o pior clima possível que você possivelmente encontraria durante o ano em outros lugares”, disse McElveen. “O clima da Islândia é um dos mais dinâmicos do mundo, especialmente em setembro. Eu recomendo fortemente pedalar nos meses mais quentes e secos do verão, e levar mais roupas e comida do que você pensa que precisa”, acrescenta.
“A Islândia é o país mais bonito que já estive, mas com vulcões, geleiras, deserto e clima que farão você se sentir extremamente pequeno e vulnerável. Depois desta pedalada, fico totalmente grato por dar a este país selvagem o respeito e a admiração que ele merece”, finaliza o ciclista, que agora detém o recorde de travessia mais rápida da Islândia.
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