Câncer de mama: como a alimentação pode ajudar na prevenção ou combate da doença

Câncer de mama
Foto: Reprodução / Rawpixel

A alimentação é um dos fatores mais importantes para que possamos ter uma vida saudável e repleta de bem-estar. Um estudo realizado pelo professor Stephen Hursting, da Universidade da Carolina do Norte (EUA), onde leciona sobre as etapas que levam ao desenvolvimento do câncer, ele expõe a ideia de que, 30% a 60% dos casos, incluindo o câncer de mama, poderiam ser evitados com uma boa alimentação.

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No passado, o câncer de próstata, por exemplo, era diagnosticado todos os anos em 14 de cada um milhão de japoneses. Era uma porcentagem bem baixa, se comparado com outros países ocidentais.

Mas a mudança neste número começou a ser vista quando os japoneses começaram a emigrar, e consequentemente mudaram seus hábitos, adotando os do território para o qual iam. Fora do seu país, os japoneses tinham muito mais cânceres de cólon, útero, reto, pulmão, mama e ovário, e a incidência dessas patologias se multiplicava por 11 entre os que haviam se mudado para o Havaí, nos Estados Unidos.

Hoje em dia não restam dúvidas que os hábitos alimentares são grandes influenciadores no desenvolvimento da doença, e os órgãos de saúde como a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Instituto Nacional de Câncer brasileiro (Inca), o Instituto Nacional do Câncer norte-americano e o órgão britânico de pesquisa em câncer, reconhecem que a alimentação adequada como uma das medidas mais importantes de prevenção.

Mas o que seria essa alimentação adequada?

Ter uma alimentação adequada significa incluir componentes mais naturais possíveis na dieta, ou seja, respaldada em verduras, legumes, cereais integrais, frutas e sempre se mantendo alerta com a quantidade e qualidade da gordura ingerida.

Mas a alimentação vai muito além do que classificamos apenas como saudável ou não, cientificamente falando, alguns alimentos pode acabar influenciando o pH do nosso sangue de forma negativa, ajudando no desenvolvimento de diversas doenças, influindo o câncer de mama.

A nutricionista clínica Gabriela Lima Vasques (26) explica como a acidez no sangue pode gerar inflamações nos nossos tecidos.

“O estado de equilíbrio sanguíneo varia entre 7,35 a 7,45, sendo levemente alcalino, porém nos dias atuais a alimentação do ser humano acaba sendo uma alimentação que eleva a acidez do ambiente celular, que varia entre 0 a 6,9, e essa acidez provoca inflamações nos tecidos, podendo gerar diversas doenças como o câncer”, conta.

Dieta mediterrânea como aliada

Nutricionistas e especialistas em saúde e alimentação tem cada vez mais indicado a dieta mediterrânea como maior fonte de qualidade de vida e saúde, isso porque essa dieta é rica em antioxidantes, flavonoides, resveratrol e entre outros nutrientes. Além disso, esta dieta está muito ligada na prevenção de diversas patologias degenerativas e crônicas, e tem sido uma grande aliada principalmente na redução do câncer de mama.

dieta mediterrânea cancer de mama
Foto: Reprodução / Rawpixel

No passado, pesquisadores analisaram as regiões que são banhadas pelo mar mediterrâneo e verificaram que muitas pessoas envelheciam super saudáveis, se mantendo ativas e com a saúde bem preservada, e depois dos estudos eles constataram que a alimentação tinha forte influência nessa qualidade de vida, e foi daí que saiu o nome e a ‘receitinha’ para essa dieta rica em superalimentos.

“A dieta mediterrânea é rica em frutas, vegetais, hortaliças, grãos, oleaginosas, azeite de oliva e peixes, como o salmão, por exemplo. Essa dieta promove uma redução no dano oxidativo do DNA”, explica a nutricionista Gabriela.

Além dos alimentos mais saudáveis, a dieta também exige que se tome bastante água ao longo dos dias e chás que possuem também benefícios curativos naturais.

E claro que, junto a esse tipo de alimentação, é essencial que a atividade física — independente de qual seja — seja uma aliada durante todo o processo.

Alimentos que ajudam na prevenção ou combate do câncer de mama

Mudar a alimentação pode ser um processo não muito fácil, ainda mais para quem possuía ou possui hábitos alimentares e na rotina que podem não ser tão bons para o corpo. A nutricionista Vasques alerta que, algumas coisas devem ser evitadas durante o processo de prevenção ou para quem já é diagnosticado com a doença.

“Ultraprocessados, carnes vermelhas, álcool e tabaco devem ser consumidos de forma mínima ou anulados por completo, visto que estão associados ao aparecimento do câncer.”

“As frutas vermelhas são ótimas para prevenção e tratamento do câncer, já que elas possuem antocianinas, que é um fitonutriente anticancerígeno que retarda o crescimento das células pré-malignas”, indica. “As nozes também são capazes de prevenir e auxiliar no tratamento do câncer, já que é rica em ômega-3, ajuda na redução do colesterol ruim e auxilia na pressão arterial.”

É importante ressaltar que o tratamento indicado por um médico, para o combate do câncer de mama, jamais deve ser ignorado! A alimentação e atividades físicas devem ser um complemento para o tratamento já recomendado pelo médico, para ajudar no combate da patologia. Para quem não tem o diagnóstico mas deseja se prevenir dessa e de outras doenças, a mudança da alimentação e dos hábitos é um forte aliado para que se tenha maior qualidade de vida e saúde.