Caminhos do Planalto Central: Brasil ganha mais uma trilha de longa distância

Um circuito de trilhas de longa distância no Distrito Federal será inaugurado neste sábado (28). Os “Caminhos do Planalto Central”, de 400 km, faz parte da Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso, que está em fase de regulamentação pela Secretaria de Ecoturismo do Ministério do Meio Ambiente, gestora do projeto.

Dos 400 km, ente 80 e 100 km já foram sinalizados. A previsão é de que todas as trilhas estejam ativadas em 21 de abril de 2020. Os “Caminhos do Planalto Central” vão interligar paisagens, unidades de conservação e diversos o atrativos ambientais e culturais da capital brasileira. Trilhas sinalizadas da Floresta de Brasília e do Parque Nacional de Brasília, por exemplo, fazem parte da rota.

Os “Caminhos do Planalto Central” são formados por três arcos:

• Arco Brasília com 77 km, de viés cívico, histórico e cultural. Percurso que conecta: Parque Nacional de Brasília (PNB) e diversas outras Unidades de Conservação, Santuário dos Pagés, Eixo Monumental de Brasília, Lago Paranoá, Ermida Dom Bosco e outros atrativos. Proporciona especialmente o contato com o centro de Brasília, seu traçado urbano singular, monumentos, obras de arte, palácios e mirantes – Patrimônio Cultural da Humanidade;
• Arco da Cafuringa com 116 km, de valor ambiental e foco na cultura rural, religiosa e histórica. Percurso para contato com atrativos naturais e os atributos do cerrado ainda preservado, topografia variada e várias UC’s como nova área do PNB, a Estação Ecológica de Águas Emendadas e o Parque Sucupira. Proporciona vivência com o ambiente rural e a história da ocupação do nosso território através da região norte do DF. Liga o Santuário Menino Jesus em Brazlândia – DF e o Morro da Capelinha em Planaltina-DF.
• Arco Trilha União com 79 km, de valor paisagístico, cultural, místico e gastronômico – segue pelo contorno do PNB, Lago Oeste, a Serrinha do Paranoá e a Rota do Cavalo, tendo, ao longo do caminho, diversos espaços para vivência espiritual, boa alimentação e contatos com manifestações culturais. Passa pela Torre Digital, símbolo dos Caminhos do Planalto Central.

+ Brasil terá quatro trilhas de longo curso

+ O que acontece com o corpo em um trekking de longa distância

No sábado, trilheiros, corredores, ciclistas e cavaleiros vão durante a manhã de vários pontos do Distrito Federal (DF) e seguir, em diferentes grupos, até a Praça dos Três Poderes, no Centro de Brasília, para participar do lançamento.

“Além de contribuir para a conservação da biodiversidade, conectando ecossistemas e corredores ecológicos, as trilhas de longo curso são um estímulo ao turismo na natureza, alavancando a economia das regiões e gerando oportunidades de emprego e renda para as comunidades locais”, disse o secretário de Ecoturismo do MMA, André Pitaguari Germanos.

A secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça, concorda com seu colega do MMA. Para ela, as trilhas de longo percurso atraem milhões de turistas em todo o mundo. “Esses percursos, além de ajudarem na preservação de ecossistemas, acabam impulsionando a economia das cidades”, afirmou Vanessa.

Rede Nacional Trilhas de Longo Curso

Os “Caminhos do Planalto Central” vão se ligar a outro complexo de trilhas de longo curso, o “Caminho dos Goyases”. Este sai da cidade de Goiás Velho e vai até a Chapada dos Veadeiros, cortando de ponta a ponta o estado goiano. Essa conexão entre os dois “Caminhos” reforça a Rede Nacional Trilhas de Longo Curso e Conectividade, a chamada Rede Trilhas, lançada em outubro do ano passado pelo Ministério do Meio Ambiente, em evento em São Paulo.

Em toda a sua extensão, a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso inclui quatro grandes corredores: Litorâneo, do Oiapoque (AP) ao Chuí (RS); “Caminhos Coloniais”, do Rio de Janeiro até Goiás Velho (GO); “Caminhos dos Goyases”, entre Goiás Velho e a Chapada dos Veadeiros (GO); e “Caminhos do Peabiru”, ligando o Parque Nacional do Iguaçu (PR) ao litoral paranaense.

Entre as trilhas já sinalizadas, estão o “Caminho da Serra do Mar” (RJ); a Transcarioca (RJ), a Transespinhaço (MG), a Rota Darwin (RJ-PE) e o “Caminho das Araucárias” (RS/SC), que integram o corredor Litorâneo; o “Caminho de Cora Coralina” (GO) e o “Caminho da Floresta e do Parque Nacional de Brasília”, que fazem parte do “Caminhos dos Goyases” e “Caminhos do Planalto Central” (DF); a Trilha Chico Mendes (AC); e a Transmantiqueira (RJ, MG e SP), que estão sendo percorridas pelos primeiros grupos de aventureiros e exploradores.