Na última quarta-feira (23), aconteceu a qualificação para a segunda fase do Mundial de Esqui Cross-Country, disputado em Planica, na Eslovênia. Seis atletas brasileiros entraram em ação, sendo que quatro deles conseguiram avançar para a disputa de medalhas. O destaque ficou com a vencedora da qualificatória feminina, a veterana Jaqueline Mourão. Mirlene Picin, Bruna Moura e Manex Silva também avançaram de fase.
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Os atletas melhores ranqueados já entraram direto na disputa da final da prova individual – estilo livre (15km no masculino e 10km no feminino), com os demais tendo que disputar a qualificação onde apenas os dez melhores avançam para a final. Na prova feminina, o Brasil conseguiu colocar três das suas quatro representantes no top-10.
Jaqueline Mourão foi a mais rápida e concluiu os 5km da qualificação em 14min42s0 (128.84 pontos FIS). A atleta alcança a grande conquista um ano após o acidente que a tirou dos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim-2022.
A segunda melhor brasileira foi Bruna Moura que alcançou o nono lugar, com 16min14s0 (212.29 pontos). Em seguida, Mirlene Picin ficou em décimo lugar, com 16min17s6 (215.55 pontos). Eduarda Ribera foi a 15ª colocada, com 17min35s6 (286.30 pontos) e ficou de fora da briga por medalhas.
No masculino, a prova de qualificação do Mundial de esqui cross-country foi disputada em um percurso de 10km. O Brasil teve dois representantes na prova, mas apenas um deles conseguiu avançar para a final. Manex Silva ficou em segundo lugar, com um tempo de 27min39s9 (113.51 pontos FIS). Victor Santos foi o 30º, com 31min56s5 (241.25 pontos) e, portanto, não avançou para a final.
As finais das provas individuais em estilo livre serão disputadas nesta semana. Os 10km feminino serão amanhã, terça-feira (28), enquanto os 15km masculino acontecem na quarta-feira (29).
Apesar da classificação, a mogimiriana Mirlene Picin não competirá na final. “Isso já havia sido planejado anteriormente com o treinador e a confederação brasileira, lá atrás, em outubro, quando foi definido o plano de metas de curto e longo prazo para cada atleta”, pontuou.
Em sua trajetória nos esportes de neve, ela garantiu vaga em todas as edições de mundiais desde que começou a competir no ski cross country, com sete vagas entre 2009 e 2023.
A competição, que ocorre bienalmente, foi sediada em Liberec, na República Checa, em 2009; em Oslo, na Noruega, em 2011, em Val Di Fiemme, na Itália, em 2013, em Falun, na Suécia, em 2015, em Lathi, na Finlândia, em 2017; em Seefeld, na Áustria, em 2019 (mesmo classificada, não participou por falta de financiamento); em Oberstdorf, na Alemanha, em 2021 e agora, em Planica, na Eslovênia.
2025
Para o próximo Campeonato Mundial que vai acontecer em Trodheim, na Noruega, o plano de metas definido pela confederação brasileira é de classificar os atletas para a segunda fase e competir em todas as provas do segundo bloco: 10km, 15km skiathlon, Team Sprint e a Largada em Massa de 30km, tarefa bem mais complexa de ser realizada.