Você tem o hábito de consumir sementes? Se não, saiba que esses pequenos alimentos tem um conteúdo riquíssimo, super concentrado e são fortes aliados para um melhor funcionamento do corpo, além de auxiliarem no combate de diversas doenças.
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Pense que elas guardam todos os nutrientes e toda a força para se tornar uma planta. Portanto, são ricas em fibras, vitaminas, minerais, gorduras boas e proteínas.
Os benefícios, de incluir na alimentação uma pequena porção diária desses poderosos alimentos, são imensos!
Conversamos com a nutricionista Isabela Bertozzo, que trabalha com nutrição científica e Ayurvédica, para entender a importância das sementes e desvendar os segredos na absorção dos nutrientes desse alimento.
Por que adicionar as sementes na alimentação?
Chia, linhaça, gergelim, semente de abóbora e semente de girassol são as mais comuns e fáceis de encontrar. Esses pequenos alimentos concentram minerais como fósforo, cálcio, potássio, magnésio, vitamina E e vitaminas do complexo B.
“Ao adicionar essas sementes a gente tem uma melhora no funcionamento dos nossos ossos, prevenção de osteoporose, diminuição de dores ósseas e musculares”, conta Bertozzo. “Elas também são importantes para a saúde da mulher, porque ajudam a regular a menstruação, além de diminuir a TPM e as cólicas”, finaliza.
A nutricionista também explica que, no geral, as sementes são fortes aliadas na prevenção de câncer e no melhoramento do trânsito intestinal. Mas alerta! Principalmente para quem busca melhorar o funcionamento do intestino, é imprescindível além de consumir as sementes, ingerir muita água.
No caso das sementes de girassol e abóbora, elas são fontes ricas em proteína e não precisam ser batidas. Além disso, elas podem ser consumidas de diversas maneiras. Junto com frutas, em granolas, farofas e até mesmo nas saladas e outras comidas.
Sementes pequenas: linhaça e chia
“Com relação as sementes pequenas, que a gente não consegue mastigar, como a chia e a linhaça, que são ricas em ômega-3, é necessário triturá-las para adquirir os benefícios”, explica Bertozzo. “Então, por exemplo, ao bater uma linhaça ou uma chia junto com um suco, a gente já resolve a questão e consegue absorver os nutrientes”, completa.
Vale ressaltar também que ao comprar a versão de sementes em farinhas já prontas, como a farinha de linhaça, os nutrientes podem se perder pelo caminho. “Os nutrientes, como o ômega-3, se perdem quando entram em contato com a luz, com o calor, com o oxigênio e, por isso, é legal a gente transformar a chia e a linhaça em farinha na nossa própria casa”, completa.
Portanto, quando for fazer farinha de semente em casa, lembre-se de bater quantidades que não sejam exageradas, porque, para absorver os nutrientes, o consumo deve ser feito em até 5 dias. “É interessante também que a conservação seja num pote escuro para não ter esse contato com a luz e conservar em geladeira, para não ser exposta a temperaturas mais elevadas”, sugere Bertozzo.
E se as sementes não forem trituradas?
Se não forem trituradas, as sementes como chia, gergelim e linhaça também tem benefícios, apesar de não absorvermos alguns nutrientes. “Neste caso elas são fontes de uma fibra que formam um gel”, conta a nutricionista. “Aliado com consumo de água, esse gel que elas formam, ajudam a ‘umidecer’ as fezes e é uma forma eficaz de promover a saúde intestinal”, finaliza.
Além disso, quando esse gel se forma dentro do corpo, uma interessante ação acontece. “O gel puxa açúcar e gordura e, assim, ajuda a diminuir tanto a quantidade de açúcar, quanto de gordura que é absorvido pelo nosso organismo”, explica Bertozzo. “Por isso que essa forma de consumo também ajuda a controlar diabetes, ajuda para quem quer emagrecer, para quem está controlando o colesterol e até para quem tem qualquer tipo de problema de gordura no fígado ou problema nos rins”, finaliza.
Gergelim: prático e saudável!
Uma forma prática e muito saudável de adicionar o gergelim na alimentação é o tahine. “Essa pasta é uma fonte riquíssima de proteína e cálcio e é uma ótima opção para substituir o requeijão ou manteiga no pão, por exemplo”, conta Bertozzo.
Vale lembrar aqui também que o cálcio do gergelim, de origem vegetal, é melhor que o do leite e outra opção é, por exemplo, bater o tahine com água morna. Dessa forma, ele vira um leite de tahine e você pode substituí-lo pelo leite animal para o café com leite (não esqueça de incluir o óleo de coco).
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