Em dezembro, o governo nepalês anunciou novas regras de escalada que derrubam a proibição de alpinistas com deficiências físicas e visuais de tentar escalar o Everest. As novas regulamentações acabaram sendo contestadas na Suprema Corte do país, que acabou derrubando de vez as novas leis. 

De acordo com o Himalayan Times, a Suprema Corte Nepal emitiu um veredito derrubando as regras revisadas. Com o fim da proibição, amputados e montanhistas cegos podem continuar suas expedições ao Everest.

A decisão do SC do Nepal argumentou que a regra violava os direitos humanos como concedidos pela constituição, bem como a convenção das Nações Unidas sobre os direitos das pessoas com deficiência.

Hari Budha Magar no cume da Mera Peak – Foto: Arquivo Pessoal

O movimento contra a regra do governo foi aclamado como uma vitória para pessoas com deficiência, entre elas o ex-soldado britânico Hari Budha Magar, que planeja chegar ao cume Everest em 2019. Se for bem sucedido, ele se tornará o primeiro duplo amputado acima do joelho a fazer o feito.

O governo foi muito criticado pela comunidade de alpinismo mundial. Pois, em vez de investir mais na segurança do Everest, apenas impediram um pequeno número de escaladores de fazer a expedição.

Em maio, o chinês Xia Boyu, de 69 anos e amputados das duas pernas, chegou ao cume do Everest. O feito ocorreu durante as primeiras medidas de suspensão da regra feita pela justiça do Nepal.