WhatsApp como ferramenta de trabalho: como fica a saúde mental?

Por Bianca Vilela*

Foto: Shutterstock.

O uso do WhatsApp no trabalho está na moda. A tecnologia permite a troca de informações rápidas por meio de mensagens, arquivos de fotos e vídeos e até mensagens de voz.

Se, por um lado, essa revolução está contribuindo cada vez mais para a produtividade, por outro chama atenção adicional para a sobrecarga e a saúde mental.

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Esta é a principal diferença do uso do WhatsApp: apesar de também ser uma comunicação por escrito, a resposta imediata é cobrada como em uma conversa que acontece pessoalmente. Esse tipo de uso é um sintoma social de hiper vigilância e ansiedade. O aplicativo cria a ideia de um presente contínuo, como se não houvesse noções de futuro e passado.

Quem me acompanha conhece o significado de “comunicação assíncrona”: ocorre quando enviamos qualquer mensagem sem esperar uma resposta imediata, incluindo os e-mails fora do horário de trabalho que enviamos aos nossos colegas sabendo, ou até esperando, que eles não respondam de imediato.

Porém, uma das questões levantadas com o uso do aplicativo é justamente esta: será que estamos levando trabalho para casa, respondendo mensagens fora do horário de trabalho?

O WhatsApp é uma ferramenta de facilitação que está inserida no ambiente de trabalho e pode até ser utilizada como ferramenta de gestão de equipes. As empresas devem ter muito cuidado com a forma de utilização do mecanismo, usando evitar possíveis demandas judiciais provenientes do mau uso do aplicativo, principalmente, pelos funcionários que ocupem cargos diretivos.

A verdade é que passar a maior parte do dia checando o WhatsApp pode resultar em
alteração no sono e problemas posturais, oftalmológicos e de saúde mental, como ansiedade.

Aqui vão algumas dicas para utilizar o aplicativo com autocuidado:

  • Defina horários estratégicos para responder às mensagens – evite responder mensagens no horário das refeições;
  • Deixe no modo silencioso grupos e conversas de trabalho em seus dias de folga ou férias;
  •  Procure construir mensagens com início, meio e fim quando possível;
  • Ao terminar seu turno, deixe mensagens como não lidas para responder no dia seguinte: não faça isso em casa;
  • Seja direto nas mensagens e evite áudios longos

E uma última dica: da mesma forma que você não gostaria de receber uma mensagem de trabalho fora do horário de expediente, outra pessoa também não. Que tal escrever um e-mail?

*BIANCA VILELA é autora do livro Respire, palestrante, mestre em fisiologia do exercício pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e produtora de conteúdo. Desenvolve programas de saúde em grandes empresas por todo o país há quase 20 anos. Na Go Outside fala sobre saúde no trabalho, produtividade e mudança de hábitos. Instagram: @biancavilelaoficial.







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