Crise? Não para todos. Com a pandemia de coronavírus, a VanMoof está registrando um movimento na direção contrária. A empresa holandesa de bikes elétricas registrou há cerca de um mês picos nos pedidos, pesquisas na Internet, seguidores, cliques em publicidade. “Não sabíamos o que estávamos vendo, a princípio pensamos que o painel estava quebrado”, disse Carlier, diretor-presidente da VanMoof, à Bloomberg. “Mas os dados estavam corretos.”
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As VanMoof são bikes de pedal assistido elegantes e bem acabadas. Nascidas em um país que é praticamente sinônimo de mobilidade urbana a base de pedal, são o estado da arte da bicicleta elétrica para deslocamentos urbanos. Não à toa: o modelo S2 foi inovador pela trava antifurto integrada única e características de linha como detector de movimento combinado com um alarme, GPS e conectividade com o smartphone – se a bike for roubada, você consegue rastreá-la imediatamente.
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Agora, mercados como Canadá, Israel e Austrália têm “bombado” as encomendas. Os modelos S3 e a X3, mais recentes, que custam 1.998 euros (US$ 2.200), bem mais baratos que os 3.000 euros em média dos modelos anteriores da marca.
Com acabamento cinza claro ou escuro, elas têm quatro marchas, incluindo uma Turbo, motor no cubo dianteiro de 250W / 500W de potência e freios a disco hidráulicos. De acordo com a marca, mesmo com a bateria esgotada, a reserva é suficiente para usar as luzes e trocar marchas do câmbio eletrônico. De acordo com a VanMoof, a bateria de 504Wh tem autonomia de 60 km na potência máxima ou até 150 km no modo econômico. Recarrega completamente em 4 horas.
VanMoof: mais 10.000 bikes por mês
Para dar conta da demanda pós-coronavírus, a VanMoof conseguiu 12,5 milhões de euros em novos fundos da empresa de capital de risco Balderton Capital e fez uma parceria com a fabricante de Taiwan Sinbon Electronics para aumentar a produção para 10.000 unidades por mês. É mais do que três vezes mais do que o volume anterior.
A VanMoof está surfando na tendência de crescimento do ciclismo pós-pandemia. Esse renascimento global é evidente na Europa, mas é forte em outros países como Canadá, Nova Zelândia e Israel também. E as bikes elétricas estão sendo encarada como opção real para evitar tanto transporte público quanto o carro. Os governos estão investindo em infraestrutura viária e auxílios para aumentar o acesso da população às bicicletas. Por meio de bônus e vouchers que podem ser investidos em novas bikes ou até numa visita ao mecânico, o incentivo a pedalar é grande.