O sol coroou a sétima etapa da Brasil Ride 2023 neste sábado (28), o último dia da ultramaratona de MTB na Bahia. O pódio masculino foi disputado até o último segundo: o brasileiro Henrique Avancini (Caloi Henrique Avancini Racing – 18h16m51s), mesmo vencendo a sétima etapa com o tempo de 01h40m55s, não conseguiu alcançar Tiago Ferreira (DMT Racing Team By Marconi – 18h16m12s), ficando 38s atrás do português na classificação geral.
+ Tati Weston-Webb e Aline Adisaka garantem vaga nas finais dos Jogos Pan-Americanos
+ Percurso do Tour de France 2024 é revelado e equipes reagem: ‘o mais difícil dos últimos anos’
O terceiro lugar na etapa foi Hans Becking (Buff Megamo Team – 01h41m30s) e na classificação geral o título ficou com Simon Stiebjahn (Singer Racing Team – 18h28m38s).
“Ganhar a Brasil Ride é extremamente gratificante, pois além de adorar esta corrida, é um marco em minha carreira. Estou encerrando um ciclo com minha atual equipe. Consegui vencer em um evento desta grandeza é especial, estou muito feliz com isso. A palavra de hoje é felicidade”, comentou Tiago Ferreira. “É uma corrida de 7 dias que todos os momentos contam, não há um mais difícil, é preciso estar bem todos os dias e administrar o tempo”, declarou.
Ver essa foto no Instagram
Despedida de Avancini
O campeão mundial e maior ciclista brasileiro da atualidade Henrique Avancini se emocionou na chegada e não conseguiu falar em público. A Brasil Ride Bahia foi a sua despedida oficial das pistas como profissional.
No Podcast da prova, ele expressou sua emoção de vivenciar a Brasil Ride 2023 como sua despedida rumo à aposentadoria:
“Esta semana foi fantástica, eu perdi um pouco de tempo no primeiro dia e disputamos todos os dias, parecia que não tinha nada entre a gente, somos atletas com características diferentes, em todos os momentos fomos ao limite e extraímos o máximo um do outro. Nas quase 20h de competição e a diferença de 40s, em nenhum momento abalou a honra entre nós. Tentei ganhar até o último momento e dei tudo, sempre que podia, ataquei, mas Tiago levou a melhor. Não usamos de nada que não fosse uma competição sadia e de respeito. O título dele foi merecido”, declarou.
Ver essa foto no Instagram
Avancini também falou sobre os planos para o amanhã. Em 26 anos de carreira profissional ele assinalou que viveu do esporte para o esporte. “Agora quero descansar um pouco. Nunca me coloquei em primeiro lugar e quero durante um tempo, me respeitar e fazer coisas por mim sem ter aprovação das pessoas. E dar sequência aos planos do futuro”, assinalou.
Fora das provas, Avancini afirmou que gosta de pedalar, fazer coisas simples e estar com pessoas simples. “Gosto de viver a vida, comer, olhar paisagens, rir e ser normal, o que é muito bom. Quando a gente se arrisca a ser alguém na vida, temos que deixar estes pequenos prazeres de lado. Sou muito grato por conseguir deixar a minha vida pessoal de lado para realizar tantas coisas boas para mim e para as pessoas que amo. Acho que cumpri bem esta missão e ainda verei as boas sementes que plantei no esporte florescerem”, concluiu.
Pódio feminino
A colombiana Monica Calderón (Cannondale Vas Arabay) foi a mais rápida do dia, com 01h58m52s e abriu vantagem de 06m06s ante Tessa Kortekaas (Cannondale Vas Arabay – 02h04m59s). No entanto, o pódio foi mesmo da companheira de equipe, que teve momentos difíceis durante toda a ultramaratona, que completou a Brasil Ride Bahia em 23h24m12s, com vantagem de 09m15s da segunda colocada.
“O tempo estava quente e úmido, mas teve um pouco mais de sombra nos singletrack. A umidade não me afeta tanto quanto o calor. Estou contente, apesar do segundo lugar, porque lutei todos os dias e venci 4 etapas de 7 e o que sobra é o aprendizado. A palavra que define a Brasil Ride é intensidade, desde o começo”, revelou Monica.
Tessa ressaltou que a etapa foi dura, pois desde o começo da ultramaratona, ela se sentiu mal, com dor de garganta e hoje um pouco de febre. “Tive que dar tudo de mim para não perder tempo de classificação. Hoje caí sem grande gravidade e segui lutando. Esta é a Brasil Ride. Estou contente, agora é celebrar e descansar”, contou, revelando que a palavra que define esse momento é intensidade e beleza.
A classificação da etapa deu a Luiza Souza (02h13m06s), o terceiro lugar. Na classificação geral, a número 3 do pódio foi Eliane Resende (Gorgeous – 23h59m19s).
Brasil Ride 2023: Classificação Geral Final
Solo Masculino
1 – Tiago Ferreira – DMT Racing Team By Marconi – 18h16m12s
2 – Henrique Avancini – Caloi Henrique Avancini Racing – 18h16m51s (00h00m38s)
3 – Simon Stiebjahn – Singer Racing Team – 18h28m38s (00h12m26s)
Solo Feminino
1 – Tessa Kortekaas – Cannondale Vas Arabay – 23h24m12s
2 – Monica Calderón – Cannondale Vas Arabay – 23h33m27s (00h09m15s)
3 – Eliane Resende – Gorgeous – 26h18m36s (02h54m24s)
Todos os campeões da edição 2023
Open: Walace Assis e Tiago Oliveira (BRA)
Feminino: Celina Carpinteiro e Naima Diesner (POR/ALE)
America Men: Henrique Avancini (BRA)
América Women: Eliane Resende (BRA)
Mista: Antonio Ortiz e Anna Jordens (ESP)
Master: Abraão Azevedo e Rodrigo Nunes (BRA)
Guarini: Raone Gonçalves e Anderson Molinari (BRA)
Grand Master: Everton Siqueira e Luiz Vieira (BRA)
Nelore: Jefferson Oliveira e Miguel Paula (BRA)
Corporativa: André Costa, Carlus Costa e Marcius Costa (BRA)
Ironrider: Fernando Blau e Renan Delavald