Sucesso na Gravel: embaixadora do Rocky Mountain Games traz dicas para prova de Juquitiba

Por Redação

Helena Coelho, embaixadora do Rocky Mountain Games, em pedal de Gravel
Foto: Bruno Vieira / instagram @unografia

A Gravel tem conquistado cada vez mais espaço no cenário do ciclismo, ao oferecer uma experiência única que combina aventura, resistência e muita emoção. Essas bicicletas versáteis são projetadas para enfrentar uma variedade de terrenos, desde estradas de cascalho até trilhas mais técnicas, proporcionando aos ciclistas a oportunidade de descobrir novos horizontes. Ao cruzar o limite entre road e mountain bike, a Gravel se destaca como uma escolha ideal para aqueles que desejam explorar trilhas, estradões e asfaltos, principalmente em percursos de longa distância.

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Nesse contexto de maior popularidade da Gravel, o Rocky Mountain Games oferece competições emocionantes para os entusiastas vivenciarem a modalidade e desfrutarem da vibração única do evento. Em 2023, o calendário do Rocky Mountain Games contou com três etapas, sendo as duas primeiras em Campos do Jordão e Atibaia. A saideira da temporada está marcada para este sábado, dia 26 de agosto, no Fazendão RMG, em Juquitiba.

Considerado o maior festival de esportes e cultura de montanha do Brasil, o evento também abrange outras modalidades, incluindo Mountain Bike, Trail Run e Canicross. A atmosfera de camaradagem e celebração está enraizada em todos os aspectos do Rocky Mountain Games, proporcionando uma experiência única para os participantes de todas essas disciplinas esportivas.

Para inspirar e apoiar os competidores da Gravel e também aqueles que estão considerando iniciar na modalidade, a Go Outside conversou com Helena Coelho, embaixadora do Rocky Mountain Games. Helena compartilhou insights valiosos sobre o percurso de Juquitiba, abordou a importância do equilíbrio entre competição e diversão, e ofereceu conselhos práticos desde preparação mental até configuração da bicicleta para a prova.

Percurso Gravel de Juquitiba

Arena de 2022 montada no Fazendão, em Juquitiba – Foto: Marcelo Maragni / Rocky Mountain

Sobre o percurso de Juquitiba que contará com uma prova de 40km, em meio a trilhas com subidas e descidas, a embaixadora da Gravel do Rocky Mountain Games, compartilha suas impressões e expectativas. Embora tenha participado de outras etapas do evento, ela vê em Juquitiba uma novidade. “Vai ser a minha primeira vez em Juquitiba”, revela Helena. Comparando-o com etapas passadas, ela tem consciência que este trajeto será diferente e com um caráter mais técnico.

“A gente tem bastante essa experiência e vivência no nosso dia a dia”, diz Helena, referindo-se à sua influência da “Escola Mineira de Gravel”, que enfatiza a importância da habilidade em trilhas. Mesmo que o percurso não tenha grandes estradões, Helena destaca que é perfeitamente ‘pedalável’ para a Gravel.

Além disso, em Juquitiba, o desafio vai além do esforço físico. “É um percurso que exige ter essa habilidade maior com a bicicleta. Não é só chegar e fazer força.” Com sua empolgação evidente, ela expressa: “Eu estou animada. Acho que vai ser bem desafiador e divertido.”

Equilíbrio entre desempenho e curtição

Para Helena, o Rocky Mountain Games é mais do que uma competição, é um encontro de culturas esportivas. “Esse é um evento único no Brasil que consegue fazer com que os competidores fiquem até o final, porque geralmente as pessoas participam da prova, acabam de competir, esperam a premiação e vão embora”, explica ela. “E no Rocky Mountain Games não! O evento tem esse clima que as pessoas querem ficar lá até o último minuto.”, finaliza.

No entanto, ela reconhece que, ao se aproximar da prova, a dinâmica muda: “Quando chega a hora da corrida, é hora de se concentrar, de realmente dar o máximo e estar em sintonia com os outros competidores. Apoiar uns aos outros faz parte disso. Quando você está mentalmente preparado, isso definitivamente ajuda.”

Uma vez cruzada a linha de chegada, a sugestão é curtir a energia da arena do festival, aproveitar para abraçar os amigos, confraternizar e saborear uma boa cerveja.

Preparação mental

“A preparação mental e o controle da ansiedade são partes essenciais de qualquer desafio esportivo”, compartilha Helena. Ao mesmo tempo, ela reconhece o ritmo acelerado da vida moderna. “Com um estilo de vida não profissional e uma agenda cheia, compreendi a importância de manter a tranquilidade para que tudo flua. Não sou uma atleta profissional, mas sim uma amadora que trabalha 8 horas por dia, mantém outros compromissos e ainda treina.”

Para Helena, o foco não está apenas na medalha, mas em equilibrar expectativas e realidade. “Buscar um desempenho excepcional é sempre um objetivo, mas compreendi que não há pressão por um lugar no pódio. É sobre ter uma semana tranquila, especialmente antes da prova.”

Além disso, Helena enfatiza o papel do sono, da alimentação e do gerenciamento do estresse. “Não adianta eu continuar mantendo minhas 15 horas de treino de bike por semana e ir para a prova cansada. Talvez eu precise dormir um pouco mais, trocar um treino pelo outro e controlar o estresse do dia a dia, além de cuidar muito bem da alimentação.”

Por fim, ela aconselha aos competidores a organizarem os equipamentos e os detalhes práticos na véspera do evento, sem deixar tudo para a última hora.

Configuração da bicicleta

A configuração da bicicleta é um aspecto crucial para um desempenho sólido durante a prova, e Helena compartilha dicas valiosas a respeito desse tema. “Eu gosto de adaptar a minha bicicleta para a prova que eu vou fazer”, explica ela. Embora em São Paulo ela rode com uma coroa 40 e um pneu mais liso, em Juquitiba a abordagem será diferente.

“Eu coloquei um Panaracer EXT e uma SK atrás”, conta ela sobre os pneus para a prova. “Porque principalmente com o EXT eu tenho cravos maiores, então como é um percurso técnico com subidas e descidas, eu preciso de pneu com cravo maior que vai me ajudar nesse tipo de trajeto.”

A adaptação não para por aí. Helena também ajusta a coroa de sua bicicleta para se adequar ao terreno desafiador. “Eu coloquei uma coroa menor também, uma coroa 36 que vai me ajudar nas subidas e principalmente nas mais íngremes.”

Além disso, ela alerta: “Sempre antes de prova, é bom dar uma revisada no freio, porque Rocky Mountain Games sempre é um evento que tem muita subida e descida, além de ser uma prova com bastante terra, então conferir freio e pastilha se torna uma estratégia ainda mais fundamental para essa prova.”

 







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