Seca na Europa está se agravando e se expandindo, dizem especialistas

Terra seca e rachada, seca devido à falta de chuva, no reservatório de Loteta, perto da cidade de Gallur, Espanha - Foto: shutterstock

A seca severa que afeta extensas regiões da Europa está “piorando” e “se ampliando”, e embora a chuva ajude em algumas partes, as tempestades elétricas que acompanham estão causando seus próprios prejuízos, disseram pesquisadores da União Europeia (UE) nesta segunda-feira (22). As informações são da IstoÉ.

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O último relatório mensal do Observatório Mundial da Seca da UE destacou o risco imposto pelo ressecamento do solo, provocado pelas sucessivas ondas de calor ocorridas desde maio e pela ausência persistente da chuva.

Os autores do documento mantiveram o alerta de edições anteriores de que metade do território da UE está sob risco de seca. Também apontaram que a redução das fontes de água, incluindo os rios, está afetando a geração de energia nas centrais elétricas e encolhendo as colheitas.

“A seca severa que atinge muitas regiões da Europa desde o início do ano está se ampliando e piorando desde o início de agosto”, ressalta o relatório, publicado pelo Centro de Pesquisa Conjunto da Comissão Europeia.

Grandes regiões de países como Espanha, Itália, Portugal, França, Alemanha, Holanda e outros fora da UE, como Reino Unido e Ucrânia, estão em “perigo de seca” crescente, segundo o prognóstico dos especialistas.

Calculam que, no total, cerca de 17% do território europeu esteja em alerta vermelho, em comparação aos 11% de julho.

“As últimas precipitações (de meados de agosto) podem ter aliviado as condições de seca em algumas regiões da Europa. No entanto, em algumas áreas, as tempestades elétricas associadas causaram danos, perdas e podem ter limitado os efeitos benéficos da precipitação”, explica o documento.

Os especialistas estimam que as zonas mediterrâneas da UE tenham “condições mais quentes e secas que o habitual” até novembro.

De acordo com o relatório, as condições atmosféricas ligadas ao tipo de ondas de calor que assolaram a Europa foram, em maio, junho e julho, as mais altas desde 1950.