Roma, na Itália, vai abrir museu da ‘arte salva’

Por redação

O museu vai contar com peças que foram danificadas, furtadas, vendidas ou exportadas ilegalmente, mas que acabaram "salvas" pela polícia - Foto: shutterstock

O governo da Itália anunciou na última quarta-feira (6) que vai abrir um museu voltado exclusivamente a obra de artes recuperadas. Dentro do local estarão peças que foram danificadas, furtadas, vendidas ou exportadas ilegalmente, mas que acabaram ‘salvas’ pela polícia.

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O ministro italiano da Cultura, Dario Franceschini, informou que o museu ficará na capital do país, Roma. Segundo ele, a ideia já está em “estágio avançado”. “Estamos trabalhando nisso e vamos dizer a data [de abertura] e o local daqui a alguns dias. A ideia é ter um lugar onde as obras recuperadas pela polícia sejam expostas antes de ser restituídas. Será um museu da arte salva”, explicou.

A novidade foi anunciada durante a devolução para a Prefeitura de Siena de uma pintura do século 15 de autoria do artista renascentista Sano Di Pietro (1405-1481) e que foi restituída recentemente pela Alemanha.

De acordo com o governo da Itália, a primeira exposição do novo mudeu vai contar com peças artisticas recém-recuperadas dos Estados Unidos, além de itens arqueológicos de várias civilizações.

“Quando houver novas recuperações, as obras em exposição voltarão para seu lugar de origem, e nós apresentaremos as novas peças”, contou o general Roberto Riccardi, comandante da divisão de tutela do patrimônio cultural da Arma dos Carabineiros, polícia da Itália. “A ideia é ter uma estrutura onde apresentar permanentemente o resgate da arte em suas diversas formas: as investigações, as devoluções por meio da diplomacia cultural, a descoberta entre escombros deixados por terremotos e até as recuperações após grandes restaurações. Dostoiévski dizia que a beleza salvaria o mundo. Nós queremos ser o mundo que salva a beleza”, completou.

Em alinhamento com a medida, recentemente o governo italiano também começou um trabalho destinado a proteger patrimônios culturais ameaçados por conflitos armados e fenômenos naturais ao redor do mundo. O grupo foi nomeado como “Capacetes Azuis da Cultura”, uma referência aos capacetes de mesma cor usados pelas forças de paz das Nações Unidas (ONU). Além disso, o grupo também atuará para combater o tráfico ilegal de obras de arte.

Desde que sejam respeitadas princípios e condições de segurança, as intervenções no exterior poderão ser ativadas a pedido de um ou mais países a convite da Organização das Nações Unidas para a Edução, a Ciência e a Cultura (Unesco).







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