No mesmo dia em que começava a nova fase de exploração espacial da Perseverance, sonda da agência espacial norte-americana que procurará sinais de vida microscópica em Marte, outro evento de extrema importância espacial ocorria, mas, dessa vez, na Terra. Nos EUA, aconteceu a primeira audiência pública para discutir questões de segurança envolvendo os objetos voadores não identificados, ou OVNIs, realizada pelo Congresso do país, no dia 17. Apesar de oferecer poucas respostas concretas, o evento abordou os dados do relatório divulgado em 2021 pelo governo, que detalhou 144 observações de OVNIs por seu exército desde 2004. A sessão foi conduzida pelo subcomitê do Comitê de Inteligência da Câmara sobre Contraterrorismo, Contra Inteligência e Contra Proliferação, presidido pelo deputado André Carson, do estado de Indiana.
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“Por muito tempo, o estigma associado a Fenômenos Aéreos Não Identificados impediu boas análises de inteligência. Pilotos evitavam comunicar, e eram caçoados quando o faziam. Oficiais do Departamento de Defesa dos EUA delegaram o problema para o quarto dos fundos, ou os colocaram embaixo do tapete completamente, com medo de uma comunidade de segurança nacional cética”, disse Carson. O deputado, apesar de não falar diretamente em vida extraterrestre, afirmou: “Hoje, sabemos melhor. Fenômenos Aéreos Não Identificados não podem ser explicados, é verdade, mas são reais. Eles precisam ser investigados, e qualquer ameaça que eles impõem deve ser mitigada”, disse ele.
Já a Perseverance, que pousou em Marte em fevereiro do ano passado, trabalha para provar outra questão envolvendo os mistérios do universo. Agora ela se prepara para subir o antigo delta de um rio que existia na cratera Jezero, onde pousou, e assim coletar amostras do Planeta Vermelho em busca de matéria orgânica e antigos sinais de vida microbiana. Será que Marte já abrigou ou abriga pequenos organismos? A resposta deve demorar a sair, já que o material coletado ainda será transportado para o planeta Terra para análise, em uma futura missão da NASA, sem uma data definida para acontecer.
E, para aquecer mais a discussão, uma das imagens do solo de Marte, dessa vez captadas por outra sonda da agência espacial, a Curiosity, mostrou uma espécie de porta, gerando a especulação de que uma civilização avançada poderia ter pisado ali. Na verdade, segundo explicou a agência por meio de um comunicado, tudo não passou de uma ilusão de ótica. A tal “porta de Marte” foi encontrada enquanto a Curiosity percorria um monte conhecido como East Cliffs, na Cratera Gale, explorado desde 2012. A fissura tem apenas 30 centímetros de altura e 40 centímetros de largura e ganhou o apelido de “porta do cachorro”.
“Esses tipos de fraturas expostas são comuns em rochas, tanto na Terra quanto em Marte”, disse a Nasa, no comunicado. A equipe responsável pela Curiosity também usou o Twitter para esclarecer o mistério: afirmou que a tendência do cérebro humano de procurar padrões que façam sentido em formas ambíguas está por trás dessa nova sensação da internet. “Claro, pode parecer uma pequena porta, mas, na verdade, é uma característica geológica natural”, diz uma das mensagens publicadas na rede social. Será que a humanidade está mais perto do que nunca de enfim ter suas respostas?