Parece inofensivo, mas não é! Os perigos do cigarro eletrônico

Por Bianca Vilela*

cigarro eletrônico
Foto: Shutterstock.

Os cigarros eletrônicos estão ganhando espaço – e cada vez mais adeptos. Ele parece
inofensivo, mas está longe de ser!

E devemos lembrar que a comercialização dos cigarros eletrônicos é proibida no Brasil. De acordo com a Resolução nº 46, de 28 de agosto de 2009, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é proibida a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, entre eles o cigarro eletrônico.

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A normativa, em seu primeiro artigo, é ainda mais específica: estão proibidos quaisquer dispositivos eletrônicos que alegam a substituição de cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo e similares no hábito de fumar ou que objetivem alternativa no tratamento do tabagismo e isso quer dizer que há mais de dez anos, os cigarros eletrônicos, são sim, proibidos no Brasil.

Fato é que o “vape” se tornou moda entre os jovens, apesar dos casos recentes de problemas pulmonares graves que levaram à hospitalização, cirurgia e até à morte. Sem contar as queimaduras e ferimentos causados ​​pela explosão do aparelho, que dá aos usuários a liberdade de adicionar líquido para encher seus vapes.

O líquido contém nicotina e outras substâncias que podem elevar os riscos de infarto,
asma, pneumonia e diversos tipos de câncer, podendo provocar danos na mucosa oral,
irritação da garganta e olhos, rinite e outras condições.

Inclusive, uma pesquisa do Covitel/Ministério da Saúde revelou que um a cada cinco
jovens de 18 a 24 anos usa cigarros eletrônicos.

Esses dados são preocupantes, pois sabemos que, quanto mais cedo iniciar esse hábito, a probabilidade é maior de desenvolver dependência à nicotina e problemas para se livrar do tabagismo no futuro.

Aquele discurso de que o cigarro eletrônico é uma opção para quem deseja parar de
fumar, e até mesmo a ideia fajuta de que o vape é mais saudável, precisa ser
desmentido.

*BIANCA VILELA é autora do livro Respire, palestrante, mestre em fisiologia do exercício pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e produtora de conteúdo. Desenvolve programas de saúde em grandes empresas por todo o país há quase 20 anos. Na Go Outside fala sobre saúde no trabalho, produtividade e mudança de hábitos. Instagram: @biancavilelaoficial.







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