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Por que os incêndios na Austrália são diferentes das queimadas na Amazônia?

No Brasil, o fogo foi atribuído à ação de desmatamento e abertura de pastos.

Desde setembro os incêndios na Austrália já destruíram milhões de hectares, provocou a morte de 24 pessoas e mais de meio milhão de espécies de animais.

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O verão na Austrália é marcado por incêndios devido as altas temperaturas. Mas, de acordo com especialistas, o aumento do calor nesta temporada foi atribuído à crise do clima. O ano de 2019 foi o mais quente no país desde o início dos registros, no início do século 20. Em dezembro, uma forte onda de calor tomou conta da maior  parte da Austrália, que registrou seu dia mais quente da história, com máximas 41,9 graus Celsius. Outros eventos climáticos no último ano acirraram a seca e levaram ventos que alastraram o fogo.

No entanto, a crise na Austrália é diferente da onda de queimadas que atingiu a Amazônia brasileira em agosto de 2019. No Brasil, o fogo foi atribuído à ação de desmatamento e abertura de pastos. Inclusive, a Amazônia possui uma bioma extremamente úmido, onde dificilmente o fogo ocorre de forma natural. Já na Austrália, os incêndios são fenômenos naturais devido a vegetação seca, parecida com o cerrado brasileiro, e pode começar com um simples raios. Até agora não há registros de que os incêndios australianos tenham sido causados pela ação humana.

Extensão dos incêndios

O governo australiano divulgou durante os últimos dias levantamentos de áreas afetadas. As queimadas atingiram mais de 6,3 milhões de hectares de terras pelo país, uma área do tamanho da Áustria. Além disso, foram destruídos milhares de prédios e cidades ficaram sem eletricidade e sinal de telefonia móvel. A região com mais focos de incêndios são os estados de Nova Gales do Sul e Victoria.

Segundo o primeiro-ministro do país, Scott Morrison, a Austrália vai destinar 2 bilhões de dólares australianos, cerca de R$ 5,6 bilhões, além das dezenas de milhões já prometidas, para a recuperação de áreas afetadas pelos incêndio.