Não existe um melhor habitat para fedorentos microrganismos do que uma roupa de neoprene, muito usada por surfistas e mergulhadores.

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Toda de borracha e desenhada para ser porosa, ela é preenchida por milhares de pequenos túneis cheios de ar – nichos perfeitos para colônias de microrganismos que vivem nos mares e lagos.

Uma vez que se entocam na roupa, esses micróbios escolhem os lugares mais escuros e molhados, e começam a se alimentar da queratina da pele, do sal de seu suor, das gorduras dos seus óleos corporais e até (eca!) do nitrogênio de sua urina.

Em questões de horas, toda uma cadeia alimentar é formada, com direito a mofo e tudo. Para o fedor ficar completo, adicione um ambiente mais escuro e calor prolongado: deixe a veste de neoprene encharcada – aquela que você teve preguiça de lavar – em um porta-malas de um carro exposto ao sol por uma semana e verás que não só precisará de uma roupa nova como de um carro também.

Para evitar a catástrofe, a fabricante brasileira Mormaii dá algumas dicas: lave a roupa de borracha em água corrente após o surf ou mergulho; não a deixe muito tempo dobrada quando ainda estiver molhada; guarde-a em lugar fechado somente depois que a roupa estiver completamente seca. Ah, e depois do surf, por mais quentinho que seja, evite deixar sua veste secar no corpo.