No próximo dia 30 faltarão exatamente 1.000 dias para os Jogos Olímpicos de Paris-2024, na França. Na semana passada, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) realizou a terceira visita técnica ao país-sede, a primeira pós-Tóquio-2020, pouco mais de dois meses após o encerramento da Olimpíada no Japão.
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Além de passar por Paris, a capital francesa, a comitiva liderada pelo diretor de esportes, Jorge Bichara, foi a Marselha, onde se juntou a Torben Grael, dono de cinco medalhas olímpicas, sendo duas de ouro, e coordenador técnico da Confederação Brasileira de Vela, e ao presidente da CBVela, Marco Aurélio de Sá Ribeiro. Na cidade portuária no sul da França que receberá a competição de vela, a delegação vistoriou três clubes, para escolher um onde o COB e a confederação montarão uma base do Time Brasil.
“Em Marselha, pudemos identificar as melhores condições técnicas para armazenagem e utilização de nossos barcos em treinamentos até 2024. Tivemos acesso ao plano de realização das competições de vela, o que facilita muito nossa operação pré e durante os Jogos, com todo deslocamento de equipamentos da base na Espanha para França e também na hospedagem dos atletas”, contou Bichara.
“O objetivo foi fazermos uma parceria com um clube local, que não são muitos, para que gente tenha um lugar de acesso ao mar para treinar e guardar equipamento no período que estivermos treinando na Europa. A marina da Olimpíada, que é o atual centro de treinamento da Federação Francesa de Vela, já está fechada para reformas, visando aos Jogos. Só vamos ter acesso a esse local no Pré-Olímpico de 2023. Antes disso, não. Então, precisamos de um local para conhecer melhor a região”, disse Torben.
Em Paris, a equipe do COB se reuniu com o Comitê Organizador e vistoriou possíveis sedes de uma base com operação semelhante à de Chuo, no Japão, oferecendo os serviços de alta performance do Time Brasil durante o período dos Jogos. A visita técnica terminou na última sexta-feira.
“O Brasil é reconhecido como um país que trabalha bastante esse plano de adaptação e treinamentos durante o ciclo olímpico e no pré-Jogos e para Paris não está sendo diferente. Encontramos outros países, especialmente europeus já nessa visita, além dos Estados Unidos, que estão ajustando seus planos. Em Paris, buscamos espaços para treinamentos extras, principalmente no período dos Jogos para o vôlei e vôlei de praia e encontramos boas opções em centros esportivos e escolas públicas com instalações de treinamento que atendem nossa necessidade”, comentou Bichara.
“Temos agora nossa lição de casa em fechar objetivos, planos e orçamentos para que possamos disponibilizar as condições adequadas e melhores para nossos técnicos e atletas. Saldo positivo nas relações estabelecidas com as autoridades locais, esportivas e governamentais e também em demonstrar que o Brasil está trabalhando em igualdade de condições com os países adversários que também estavam fazendo seu trabalho de inspeções e planejamento nesse mesmo período”, concluiu o diretor de esportes.