Nos últimos anos mais e mais pesquisas comprovaram que os exercícios físicos atuam como preventivos para diversos problemas de saúde. No entanto, a maioridade da população mundial segue no sedentarismo. Esse cenário fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) trabalhasse em novas diretrizes globais sobre atividade física e sedentarismo. Agora, a entidade recomenda não apenas 150 minutos, como indicado anteriormente, mas de 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana.

Como seria isso na vida real? Algo em torno de 30 ou 45 minutos por dia (pensando de segunda a domingo, ok?!).

No caso de quem pratica atividade aeróbica de maior intensidade, a recomendação passa para 75 a 150 minutos por semana – 3 dias de 25 minutos ou 5 dias de 30 minutos de treinos bem puxados, por exemplo.

Leia Mais: O que é um sono reparador o que ele pode fazer por você
A importância da atividade física na prevenção e tratamento do câncer de mama

Para acumular benefícios substanciais à saúde, a OMS sugere ainda mesclar atividades aeróbicas de intensidade moderada e alta ao longo da semana e dedicar ao menos dois dias ao fortalecimento muscular e alongamento.

Mas quer saber minha real opinião sobre o assunto? Eu iria além! Para facilitar, pensando no estilo de vida sedentário da população e nos péssimos hábitos alimentares desta juventude, bem como excesso de açúcar, acredito que devemos minimamente nos exercitar 01 hora por dia; precisamos de um antídoto para neutralizar tantos hábitos ruins.

Pense comigo: nós mal nos locomovemos no dia a dia. Sobretudo nos últimos meses, em que os nossos passos, praticamente, se limitaram ao perímetro da nossa casa. Não caminhamos sequer para fazer compras no supermercado ou comprar roupa, temos tudo na palma de nossas mãos, basta um pacote de dados de internet.

É claro que toda essa facilidade é ótima! Mas, a médio e longo prazo, isso é péssimo para o nosso corpo. Na verdade, mesmo no curto prazo já é possível perceber os reflexos do sedentarismo no nosso dia a dia. Desconforto na região da lombar, encurtamento (fica difícil tocar as mãos no chão ou nos tornozelos sem dobrar as pernas) e a piora da qualidade do sono são apenas alguns exemplos.

Nosso corpo foi feito para se movimentar e isso fica ainda mais evidente quando vemos a quantidade de pesquisas que comprovam os benefícios da atividade física à saúde. Menor risco de desenvolvimento de doenças como câncer, hipertensão e diabetes tipo 2, além da melhora da qualidade do sono (fundamental para o bom funcionamento do organismo e o nosso bem-estar geral) e da saúde mental (reduzindo sintomas de ansiedade e depressão) são apenas alguns exemplos que, inclusive, foram citados no estudo da OMS.

É preciso priorizar

Está na hora de entender que se exercitar não é algo a se fazer “quando arrumar um tempo”, mas que deve ser uma prioridade em nossas vidas. Assim como acordamos todos os dias e vamos trabalhar, separamos um tempo para os estudos, tentamos ter uma alimentação saudável e nos preparamos para uma boa noite de sono, também temos que ter em mente que um hora desse dia deve ser dedicado aos treinos.

Nós estamos (mal) acostumados a tratar a atividade física como algo eletivo. Mas não é assim. Se quisermos viver mais e melhor, precisamos nos cuidar por completo.

A OMS fala em 40 minutos por dia, eu falo em 1 hora. Afinal, temos 8 horas para descanso, 8 horas para trabalhar e 8 horas para outros afazeres, então é reservar 1 dessas 8 horas “livres” para treinar e garantir que a saúde fique em dia.

Se quisermos viver bem, viver mais e reduzir as chances de inúmeras doenças, precisamos nos mexer e a hora é agora.

*Bianca Vilela é Mestre em Fisiologia do Exercício, 
Palestrante e Especialista em Saúde no Trabalho. 
Na Go Outside fala sobresaúde no trabalho, produtividade 
e mudança de hábitos. Instagram: @biancavilelaoficial






Acompanhe o Rocky Mountain Games Pedra Grande 2024 ao vivo