Vocês sabiam que durante muito tempo, a mulher foi proibida de correr longas distâncias por causa de um velho conhecido: o machismo? Sim, isso mesmo…
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Os homens acreditavam que o corpo feminino não tinha força e resistência para participar de uma competição de corrida. Por aqui, até 1975, as mulheres não tinham o direito de participar da São Silvestre, prova mais tradicional do País, realizada desde 1925. E isso, acontecia mundo afora.
Porém, esse cenário começou a mudar. Nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 1984, Eleonora Mendonça, mulher brasileira, correu a maratona olímpica, se tornando o principal símbolo das mulheres no esporte e pioneira na organização das primeiras corridas de rua para todos, oferecendo oportunidade de participação independentemente de filiação, tempo ou performance. Desde então, o número de mulheres que correm, só vem aumentando.
Pesquisas revelam que o esporte já ajudou 23% de atletas mulheres a vencerem doenças como câncer e depressão. Inclusive, um levantamento recente da Federação Paulista de Atletismo revelou que em 2017 a presença feminina em provas de rua foi de 42,92%, ante 34,19% em 2014, ou seja, as mulheres estão trazendo a corrida cada vez mais para suas vidas, seja nas ruas, nos parques ou em eventos esportivos.
E o que falam os médicos?
Além do emagrecimento e da transformação física, a corrida contribui no combate a doenças, e na prevenção delas, melhora a autoestima, ajuda a regular funções hormonais (inclusive a menopausa), previne osteoporose, acelera o metabolismo e fortalece a musculatura.
Além disso, a corrida atua fortemente na parte emocional, elevando a produção de endorfina, serotonina e dopamina, substâncias que provocam o bem-estar e a sensação de euforia típica depois de um treino.
E ainda, a corrida trás conforto e melhora o estado de humor e alegria, produzindo ações analgésicas naturais que contribuem também para aliviar cólicas e dores musculares que derrubam o humor e a disposição antes e durante os dias da menstruação.
Eu, particularmente, sempre relato que, mesmo com dores fortes de cabeça (ainda sequela da Covid) ou cólicas provenientes da endometriose, calço meus tênis, corro e sempre termino muito melhor do que comecei.
Mas vale ressaltar que, antes de começar a correr, é extremamente importante consultar um médico para fazer todos os exames que comprovem que não há problemas cardíacos e/ou respiratórios e sempre estar acompanhado de um profissional de educação física para gerenciar seus treinos.
Daqui, sigo acompanhada do meu médico do esporte Dr. Nemi Sabeh e meu treinador de corrida, Marcos Paulo Reis, da MPR Assessoria.
Eu sou Cacá Filippini, corredora e estou me preparando para correr minha primeira Maratona em Nova Iorque (EUA), no dia 6 de novembro de 2022. E você, qual sua relação com a corrida?