Uma moradora de Alfredo Wagner, no interior de Santa Catarina, viajou 1.350 km até Uberlândia, em Minas Gerais, para reencontrar seu cachorro de estimação que estava perdido desde 2020.
Ruth Selena Melendez Ruiz é uruguaia e morava em Uberlândia em 2016, quando decidiu adotar Charlie, seu cachorro, como contou à TV Integração. Mas em 2018 ela teve que voltar para o Uruguai e deixou o pet com a sua filha que morava na mesma cidade.
Dois anos depois, a filha de Ruth precisou viajar e deixou o cachorro em uma casa de conhecidos. “E de lá o Charlie fugiu. Eu não sabia que ele estava nessa casa, fiquei esperando todo o ano de 2020, mas minha filha apareceu em janeiro sem o cachorro e com a notícia que tinha o deixado em uma casa e que ele tinha fugido”, disse a mulher à Rede Integração.
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Quando soube que Charlie estava perdido, Ruth logo começou a procurar o seu pet. Ela contatou as pessoas que moravam na casa que Charlie fugiu, que eram parentes próximos da uruguaia. Sem sucesso, ela levou as buscas para as redes sociais.
“Eu mandei o Caetano, meu filho, para negociar com as pessoas que supostamente estavam com o cachorro, mas ele não avançava nas negociações. Então, eu decidi eu mesma ir procurá-lo”, contou.
E então Ruth foi para Uberlândia e ficou hospedada no apartamento de uma desconhecida que se comoveu com a história e ajudou a uruguaia a procurar Charlie. Elas fizeram cartazes e até mandaram um carro de som para a rua procurando o cachorro.
“A única coisa que eu tinha mesmo era medo, pois me falaram coisas diferentes. Quando comecei a procurar, me disseram que ele estava morto; depois, fiquei sabendo que ele estava na rua, que tinha fugido; depois que tinha sido resgatado e as pessoas que estavam com ele não queriam falar onde que estavam.”
O reencontro
Após cinco dias procurando, Ruth encontrou a família que estava com Charlie em uma casa das chamadas Chácaras Douradinho. Como nos cartazes que ela havia distribuído prometiam recompensa, as pessoas que estavam com o cachorro cobraram R$ 1.200 para devolvê-lo para a uruguaia.
Ruth então precisou gastar as suas economias para resgatar o cachorro perdido, mas disse que não se arrepende.
“Eu estou sentindo muita felicidade, pois eu tinha medo de não encontrar meu cachorro, que ele tivesse morrido, mas isso não aconteceu. Agora estou indo com ele, que minha missão era essa. Valeu a pena. Estou bem feliz”, contou.
Para voltar para Santa Catarina com Ruth, o cachorro não podia viajar de ônibus, devido ao peso e tamanho. A dupla então enfrentou os mais de 1.300 km com três caronas diferentes, em viagens compartilhadas e agendadas por aplicativos.