O famoso aventureiro polonês Aleksander Doba, conhecido por feitos como cruzar o Atlântico de caiaque e nadar por toda a costa polonesa, morreu aos 74 anos, no cume do Monte Kilimanjaro, na Tanzânia.

Nascido em 1946, em Swarzęd, perto da cidade de Poznań, Aleksander iniciou a canoagem, a disciplina que o tornaria internacionalmente famoso aos 34 anos.

E foi só aos 65 anos, em 2010, que ele embarcou na primeira de uma série de três travessias pelo Oceano Atlântico, ganhando o apelido de “aventureiro aposentado”.

A primeira viagem do polonês foi de Dakar, no Senegal, a Acaraú, no Brasil. Na época, ele estabeleceu o recorde da mais longa viagem transatlântica de canoa sem apoio. Muitas dessas viagens são acompanhadas por velas, mas não no caso de Aleksander. Ele é uma das duas pessoas que completaram a jornada contando apenas com a força muscular do remo. A travessia levou 99 dias e ele perdeu 14 quilos nas 14 semanas de viagem.

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Para poder fazer o que fez, Aleksander teve que construir um caiaque especial que é significativamente diferente dos comuns que podem ser usados ​​de forma recreativa em lagos e rios. O barco, batizado de Olo, tem sete metros de comprimento e pesa quase 500 quilos. O remo em si tem 2,75 metros de comprimento.

Não satisfeito em cruzar umas vez, o aventureiro partiu para outras duas travessias no Atlânitco. A segunda viagem, feita em 2014, foi de Portugal à Flórida, e levou 196 dias para ser concluída, devido a problemas perto do famoso Triângulo das Bermudas e o leme do caiaque quebrou em uma tempestade. Já em 2017, ele embarcou em mais uma viagem transatlântica, com a intenção de navegar de caiaque de Nova Jersey à França. Esta última viagem levou 110 dias. Esta última viagem foi a mais perigosa, e ele suportou várias tempestades, ventos de 55 nós, ondas gigantescas e equipamentos quebrados.

Aos 70 anos de idade ele se tornou a primeira pessoa a cruzar o oceano três vezes.

Aleksander Doba foi premiado com o Prêmio de Aventureiro do Ano em 2015 pela National Geographic Society.

Morte no Kilimanjaro

Este ano, ele decidiu escalar o Monte Kilimanjaro, a montanha independente mais alta do mundo.

“[Aleksander Doba] morreu a morte de um viajante que alcançou o pico mais alto da África – o Kilimanjaro, realizando seus sonhos”, escreveu a família de Aleksander em um post no Facebook.

De acordo com outros viajantes, Doba alcançou o cume da montanha em 22 de fevereiro e parou para tirar uma foto. Ele então ficou inconsciente e não pôde ser ressuscitado.

Doba deixa para trás sua esposa e família, e um legado de aventura e conquistas que o tornaram um herói da Polônia.







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