Italianos abrem rota de escalada considerada impossível no Mont Blanc

Por Redação

cascata major

Montanhas clássicas e tradicionais como o Mont Blanc já foram exploradas de praticamente todas as formas possíveis desde sua primeira conquista em 8 de agosto de 1786. O Mont Blanc é considerado o berço do montanhismo e da escalada, mas ao mesmo tempo cercado de civilização nas inúmeras cidades e confortáveis refúgios ao seu redor. Por isso, é surpreendente quando alguém conquista algum dos poucos desafios selvagens que restam em suas paredes.

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A face leste da montanha é a mais difícil, tanto que tem o apelido de a face do Himalaia no Mont Blanc devido a sua complexidade. São paredes que tem potenciais rotas ainda não escaladas, quase sempre de rocha podre, mais sujeitas às más condições climáticas e mais técnicas, se não inviáveis. Mas a dupla de montanhsitas italiana, Francesco Civra Dano e Giuseppe Vidoni, mostrou que ainda é possível explorar o inexplorado. No último sábado, 20/11, eles abriram uma nova rota por uma parede de cascatas congeladas.

escalada mont blanc

Para chegar ao cume, os dois enfrentaram um paredão de gelo que nomearam como Cascata Major com graduação de VI / WI5, na face leste do Mont Blanc. A cascata possui quase 200 metros de altura e está localizada a cerca de quatro mil metros de altitude entre a rota Major e Poire de Brenva.

“Partimos do acampamento Fourche, guiados pelas luzes de nossas lanternas. Sabíamos que chegar à base não seria fácil. Teríamos que abrir caminho para atravessar a geleira de Brenva e, por causa dos buracos abertos por uma camada de neve fresca, avançamos com cuidado”, conta Vidoni. “Tivemos que correr e não parar por um segundo, e não pensar nos seracs logo acima de nossas cabeças”, falou sobre o risco de desmoronamento de gelo na região.

Mas a subida propriamente dita começou apenas quando eles chegaram à base da cascata e confirmaram que as condições do gelo permitiriam a escalada. “A inclinação se mostrou menos fácil do que o esperado, pois nos obrigou a um front point continuamente devido à camada de gelo escondida quinze centímetros abaixo da neve.”

Os dois montanhistas levaram um dia inteiro para sair do acampamento, chegar a base da cascata e escalar pouco mais de 170 metros. Assim, chegaram ao cume no pôr do sol. “No cume do Monte Branco, cansados ​​e exaustos, apertamos as mãos, felizes e entusiasmados com esta nova escalada. Começamos a descida em direção ao refúgio de inverno Gouter, onde chegamos ao amanhecer”, descreveu Vidoni.

 







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