Antes de fechar as malas, escolha o guia de viagem que mais combina com seu estilo

LONELY PLANET

Ideal para: Mochileiros de todas as idades

Como surgiu: Criado há mais de três décadas por um casal de britânicos ripongos que decidiu atravessar a Europa e a Ásia com a cara e a coragem, o guia de viagem Lonely Planet tornou-se a bíblia dos mochileiros apaixonados por viagens exóticas. Por mochileiros, entenda-se desde jovens sem muita grana a sofisticados viajantes que amam conhecer novos lugares de um jeito simples, porém inteligente.

Pontos fortes: Uma vasta equipe de escritores e jornalistas experientes roda o planeta experimentando de cabanas de sapé à beira mar a hotéis de luxo em cidades chiquérrimas. Outra ótima característica é a atualidade de seus textos e as dicas culturais e comportamentais que, sem apelar para estereótipos, são fundamentais para se entender melhor o contexto sócio-econômico de um país. Sobre o Rio de Janeiro, por exemplo, o Lonely Planet observa que “os biquínis podem ser diminutos, mas os preços cobrados na cidade não o são” e recomenda (aos que não querem gastar muito) hospedagens em bairros charmosos, mas menos badalados, como o Catete e a Glória.

Ótimo para quem: Comprou passagem para a Índia, tema do guia mais vendido da coleção, pela abrangência de informações e perspicácia na análise da complexa sociedade daquele país.
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FROMMER’S

Ideal para: Viajantes tradicionais que curtem conforto, mas não abrem mão de informação sólida.

Como surgiu: Conhecer o mundo com poucos dólares foi a premissa que fez do sobrenome do norte-americano Arthur Frommer um dos mais conhecidos entre os turistas. Surgidos em 1957, seus livros viraram uma empresa que hoje reúne 300 títulos.

Pontos fortes: De tom sóbrio e repleto de boas opções para famílias e turistas maduros, os guias Frommer’s são atualizados a cada dois anos, no mínimo. Um novo guia sobre o Brasil (US$ 14,29 na Amazon.com), por exemplo, foi lançado em abril e traz mapas e roteiros para conhecer o país em uma ou duas semanas. Da Academia da Cachaça ao vale dos Dinossauros, uma centena de verbetes resume o que há de mais interessante em solo verde e amarelo. Há também guias organizados por tipo de atividade (como acampamentos ou road trips), além da série For Dummies, livros de bolso “para leigos”, com mapas fáceis e informações curtas sobre passeios e as melhores opções de custo x benefício para hospedagem e alimentação.

Ótimo para quem: Tem acima de 30 anos e deseja conhecer, sem gastar rios de dinheiro, os Estados Unidos de carro, já que o criador dos guias Frommer’s é de lá e lançou ótimas edições sobre seu país natal.

 

guia de viagemFODOR’S

(De US$ 10 a US$ 24,99; fodors.com)

Ideal para: Aficionados por países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), como os mais ricos da Europa.

Como surgiu: Foi idealizado nos anos 30 por Eugene Fodor, um imigrante húngaro residente nos EUA que amava viajar, mas considerava os guia de viagem de sua época para lá de chatos.

Pontos fortes: A coleção Fodor’s prioriza informações sobre as melhores opções em alimentação, hospedagem e lazer para um público seletivo. Focado em destinos europeus e norte-americanos (apesar de contar com dicas sobre mais de 300 lugares em todo o mundo), traz como outra marca a ênfase no universo gastronômico. Um trunfo da publicação são seus mais de 700 colaboradores que moram nos lugares sobre os quais escrevem. Além das publicações organizadas geograficamente, os Fodor’s também existem sob a forma de guias baseados não em lugares, mas em tipos de viagem. É o caso das publicações sobre cruzeiros, destinos em paraísos “de clima quente” (Bermudas, Maui, Cancún) ou viagens de safári na África. A empresa promove ainda o Fodor’s Choice, prêmio que elege anualmente os melhores estabelecimentos turísticos do mundo.

Ótimo para quem: Tem grana sobrando para gastar em passeios trés chic e em restaurantes estrelados em lugares como a Riviera Francesa.

MICHELIN

Ideal para: Turistas gourmets ávidos por descobrir prazeres da mesa, especialmente na Europa.

Como surgiu: Fundador de uma empresa de pneus, o francês André Jules Michelin lançou seu primeiro guia de viagem em 1900, como forma de incentivar o turismo com carros e, claro, dar uma mãozinha para sua fábrica.

Pontos fortes: Mundialmente conhecida por dar as estrelas mais ansiadas por chefs de todo o planeta, a publicação francesa se divide hoje basicamente em duas modalidades: os guias vermelhos, com avaliações de hotéis e restaurantes dos EUA, da Europa e do Japão (e que trazem o famoso ranking gastronômicos), e os guias propriamente turísticos, de cor verde, que abarcam Ásia, Europa, América do Norte e América do Sul (como Rio – em português! — e Colômbia). O sistema de estrelas se estende por todas as publicações, que não deixam de destacar, claro, os passeios rodoviários. A Michelin publica ainda os guias da série “Must See” (Não deixe de ver), com itinerários de fim de semana, e “Like a Local” (Como um nativo), sobre como aproveitar um destino turístico como se houvesse nascido ali.

Ótimo para quem: Planeja um dia fazer um tour pelos castelos do vale do Loire ou uma viagem inesquecível, de preferência de carro, pela Espanha ou costa da Europa oriental.

TIME OUT

Ideal para: Moderninhos que adoram badalar durante viagens descoladas.

Como surgiu: O espírito da swinging London embalou o nascimento da revista Time Out em 1968 e também aparece nos mais de cem guias de viagem da publicação, editados a partir dos anos 90.

Pontos fortes: Irreverência e contundência são algumas das marcas dos autores, que moram nos lugares sobre os quais escrevem. Um “gol” é a versão online, em português, do roteiro cultural de São Paulo e do Rio de Janeiro (timeout.com.br/sao-paulo e /rio), que também traz dicas sobre outros destinos do mundo e todas as opções de entretenimento, incluindo sugestões para o público GLS ou para quem busca “estilo”. O guia/site cativa pela atualização imbatível e pelo ar descontraído, criativo e nada pretensioso. As edições turísticas em formato “shortlist”, com sugestões práticas de restaurantes, compras, entretenimento e passeios, acompanhadas de mapas onde estão localizadas, vão na mesma linha.

Ótimo para quem: Vive planejando conhecer o “mundo todo”, mas sempre acaba dando escapadelas para Londres, Barcelona e Amsterdã.

 

guia de viagemDK EYEWITNESS

Ideal para: Quem gosta de muitas fotos e mapas de viagem.

Como surgiu: Lançados em 1993, os guias fazem parte do grupo editorial inglês Dorling Kindersley (DK), fundado em Londres em 1974 e que publica títulos que vão de arte a gastronomia.

Ponto forte: O slogan já dá uma boa pista sobre onde reside o diferencial desse guia de viagem com relação à maioria das outras publicações voltadas para turistas: “Os guias que te mostram o que os outros só te contam”. Fotos e ilustrações em abundância são o maior trunfo dos roteiros da DK. Seus guias contam com um tratamento gráfico moderno, em que se sobressaem mapas e materiais 3D. A editora também publica a série “Top 10”, que traz listas das dez melhores atrações em diferentes aspectos e de acordo com cada destino (no guia sobre a Islândia, por exemplo, lançado há apenas dois meses, existe uma lista dos dez melhores vulcões, gêiseres e cachoeiras). Há versões traduzidas dos guias em português, lançadas pelo Publifolha.

Ótimo para quem: Está de viagem marcada para destinos bem conhecidos do grande público, já que os DK não são fortes em roteiros mais exóticos.







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