Autoridades afirmam que proibição dos gatos é para proteger a vida selvagem nativa da ilha

Uma pequena aldeia na costa sul da Nova Zelândia quer proibir todos os gatos domésticos. O motivo? Um plano radical para proteger a vida selvagem nativa da ilha Omaui.

De acordo com um “plano de pragas” apresentado pela Environment Southland, um conselho regional de Meio Ambiente do país, os donos de gatos terão que neutralizar, colocar microchips e registrar seus gatos com as autoridades locais. Além disso, quando o gato morrer, os donos não poderão comprar ou adotar um novo.

“Há gatos entrando na mata; eles estão atacando pássaros nativos, eles estão pegando insetos, estão pegando répteis – todo tipo de coisa”, disse Ali Meade, gerente de operações de biossegurança, ao site de notícias Newshub.

A proposta também está sendo apoiada por uma organização de meio ambiente da ilha, a Omaui Landcare Charitable Trust. O presidente da ONG, John Collins, acredita que remover os gatos da área é importante para que os animais nativos sobrevivam.

“Não somos inimigos dos gatos, mas queremos que nosso ambiente seja rico em vida selvagem”, disse ele ao Otago Times.

Em Omaui, moradores disseram à mídia local que ficaram “chocados” e “enganados” pela proibição proposta e prometeram resistir a ela.

A Paw Justice, uma ONG da Nova Zelândia que protege os animais, postou sobre o plano no Facebook, questionando as evidências por trás dele.

Os amantes de gatos na página do grupo reagiram com raiva às notícias, dizendo que venenos, carros e humanos também danificam espécies nativas.

Residentes locais têm até o final de outubro para registrar suas propostas para o plano da Environment Southland.

A Nova Zelândia está atualmente embarcando em um plano ambicioso para se tornar livre de predadores. Há planos para erradicar espécies de gambás, arminhos e ratos até 2050.